tag:blogger.com,1999:blog-59002044668235555052024-03-13T08:58:34.304-03:00mr .BIN Blog - explosão de informaçõesmr .BIN é um blog informativo com enfoque na ciência e na tecnologia.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.comBlogger74125tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-81112833322041380132011-11-07T19:42:00.002-02:002011-11-07T19:47:05.620-02:00Fatos e falácias de Engenharia de Software - Testes de Software<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-naPwFuhNPSg/Trg3NK3X2yI/AAAAAAAAAeo/EEn7us-3ef4/s1600/stock-photo-2363948-software-bug-02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://1.bp.blogspot.com/-naPwFuhNPSg/Trg3NK3X2yI/AAAAAAAAAeo/EEn7us-3ef4/s320/stock-photo-2363948-software-bug-02.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom pessoal, após mais uma curta temporada sem atualizações por aqui, estou retornando para dar continuidade a série de discussões a respeito de pontos importantes da engenharia de software. O tema abordado na discussão dessa postagem divide opiniões e talvez traga comentários interessantes a respeito de experiências pessoais. Pois bem, hoje falaremos a respeito de <b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Testes de Software</span></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa é a penúltima postagem da série inicial de discussões planejada, sendo assim aproveitem pois está acabando. =)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<blockquote>
<br />
<center><b>Universidade Federal de Viçosa
<br />Departamento de Informática
<br />Mestrado em Ciência da Computação
<br />INF 622 - Engenharia de Software
<br />Resumo nº 05</b></center>
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Fatos</span></b>
<br />
<b>31 -</b> Remoção de erro é a fase mais demorada do ciclo de vida.
<br />
<b>32 -</b> Software que um típico programador acredita ser testado várias vezes, tinha apenas cerca de 55 a 60% dos caminhos de sua lógica executada. Utilizar o suporte automatizado, como os analisadores de cobertura, pode aumentar para cerca de 85 a 90%. É quase impossível testar 100% dos caminhos lógicos de software.
<br />
<b>33 -</b> Mesmo se uma cobertura de 100% de teste fosse possível, isso não seria um critério suficiente para o teste. Cerca de 35% de defeitos de software emerge da falta de caminhos lógicos, e outros 40% da execução de uma combinação única de caminhos lógicos. Eles não vão ser apanhados por uma cobertura de 100%.
<br />
<b>34 -</b> É quase impossível fazer um bom trabalho de remoção de erro sem ferramentas. Depuradores são comumente utilizados, mas outros, como os analisadores de cobertura, não são.
<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Discussão</span></b>
<br />
Os fatos estudados analisam os principais problemas relacionados aos testes de software. O fato 31 trata do tempo demandado para a remoção de erros de software. Muitos autores chamam essa fase do processo de desenvolvimento de software por nomes diferentes. Os nomes mais comuns de se ver são Teste, Verificação e Validação. Glass prefere chamar essa fase pelo nome de Remoção de erros, pois considera esse o nome que melhor descreve a atividade.
<br />
<br />
Segundo Glass [1], a fase de remoção de erros de software é a que gasta mais tempo em todo o processo, podendo gastar até o dobro do tempo gasto em cada uma das outras fases do processo de software (Análise de requisitos, projeto e implementação). Isso geralmente causa grandes surpresas aos desenvolvedores, pois de certa maneira, é possível mensurar o tempo demandado em um projeto para recolher requisitos, projetá-los e codificá-los, porém o tempo gasto na remoção de erros de software é muito relativo, pois este vai depender da qualidade do trabalho realizado nas outras fases do processo. Portanto, quanto pior forem executadas as fases anteriores, maior será o tempo demandado na remoção de erros.
<br />
<br />
Uma maneira eficiente para diminuir o tempo demandado para remoção de erros de software é enfatizar mais a essência do problema a ser resolvido, ou seja, quanto mais atenção for dada para a análise dos requisitos e o projeto, menor será o tempo gasto com remoção de erros, pois erros de codificação são muito mais simples e menos custosos de serem resolvidos do que erros de requisitos.<br />
<br />
Considerando que o desenvolvimento de software seja iterativo, a remoção de erros é conseqüentemente feita também de forma iterativa durante todo o processo.<br />
<br />
O fato 32 é relacionado à cobertura dos testes de software. Como sua própria descrição já fala, é praticamente impossível testar 100% de um software. Glass julga como ingênuas as pessoas que acreditam nessa possibilidade.<br />
<br />
O autor classifica as abordagens de testes de software em quatro diferentes tipos:<br />
<ul>
<li>Testes orientados a requisitos;</li>
<li>Testes orientados a estruturas;</li>
<li>Testes orientados a estatísticas;</li>
<li>Testes orientados a riscos;</li>
</ul>
Os dados citados pelo autor são baseados em testes estruturais, que são aqueles que verificam os caminhos lógicos de programação. Segundo Glass [1], os testes estruturais de software normalmente cobrem apenas de 55 a 60% dos caminhos lógicos de um software. Com o auxílio de analisadores automáticos de cobertura de testes fica mais fácil identificar as partes do software que ainda não foram abrangidas pelos testes, sendo assim a utilização dos mesmos aumentam a cobertura dos testes para entorno de 85 a 90% dos caminhos lógicos. É praticamente impossível atingir aos 100% de cobertura devido às obscuridades advindas da natureza do software.<br />
<br />
É essencial a realização de testes em software utilizando as abordagens que forem relevantes ao projeto em execução, porém dificilmente as baterias de testes na qual os softwares são submetidos irão retirar todos os seus erros.<br />
<br />
O fato 33 mostra que mesmo que fosse possível realizar testes de software com 100% de cobertura dos caminhos lógicos, isso ainda não daria garantia da criação de um software livre de erros.<br />
<br />
Esse fato é gerado a partir da pesquisa pessoal de Glass. Ao analisar uma série de relatório de erros na indústria aeroespacial, Glass chegou à conclusão de que 35% dos erros encontrados na base de dados analisada eram erros de omissão de lógica, ou seja, requisitos que possivelmente não foram levantados e conseqüentemente não foram implementados. Esse tipo de erro não seria identificado em testes estruturais, pois esse tipo de teste é feito baseando-se na especificação do software.<br />
<br />
Outro tipo de erro que não seria identificado mesmo com a execução de testes com 100% de cobertura seriam os erros de análise combinatória. Esses são os erros ocasionados pela combinação de caminhos lógicos. Geralmente os testes estruturais testam os caminhos lógicos separadamente, mas não a combinação deles. Esse tipo de erro de analise combinatória representaram 40% dos erros encontrados por Glass na base de dados analisada. <br />
<br />
Em suma, se fosse possível realizar testes de software com 100% de cobertura dos caminhos lógicos, ainda assim, apenas 25% dos erros de software seriam detectados com certeza.<br />
<br />
O fato 34 diz respeito à falta de uso de ferramentas para as fases de back-end do desenvolvimento de software. Ao contrário das fases de front-end, onde um grande número de ferramentas para análise e projeto são difundidas e usadas, nas fases de back-end a maioria dos desenvolvedores utiliza apenas ferramentas depuradoras, ignorando analisadores automáticos de cobertura de testes e outras ferramentas.<br />
<br />
Há vários fatores que contribuem para a falta de atenção despendida pelos desenvolvedores às ferramentas de back-end. Dentre esses fatores, a super atenção dada às ferramentas de front-end é um dos motivos, pois ao atacar a essência do software no front-end e codificarem seguindo padrões, alguns desenvolvedores acreditam ser desnecessário despender atenção às fases de testes e manutenção.<br />
<br />
Em estudo realizado por Zhao e Elhaum [4], foi demonstrado que em apenas 39,6% dos projetos de software-livre, alguma ferramenta de teste foi utilizada e a grande maioria dessas ferramentas eram depuradores. Muito provavelmente esses dados refletem de forma semelhante à situação de projetos de software de uma forma geral, não apenas de software-livre. Porém o motivo principal desse acontecimento em projetos de software livre é a crença na “Lei de Linus”, descrita por Raymond [5] da seguinte maneira: “Dado uma base grande o suficiente de beta-testers e co-desenvolvedores, praticamente todo problema será caracterizado rapidamente e a solução será óbvia para alguém”. <br />
<br />
Isso pode ser uma verdade em projetos de software livre detentores de comunidades ativas, entretanto não tem como os desenvolvedores garantirem a existência de uma grande quantidade de pessoas interessadas em colaborar com a evolução do software para fazer assim valer a Lei de Linus. Dessa maneira é muito perigosa essa falta de atenção à utilização de ferramentas nas fases de back-end do desenvolvimento.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Controvérsia</span></b><br />
No fato 31 a maior controvérsia está relacionada à descrença de que a remoção de erros gaste tanto tempo do processo de software. Porém, segundo Glass [1], em média 20% do tempo do processo é gasto com a análise de requisitos, outros 20% projetando, mais 20% codificando e impressionantes 40% removendo erros. O dobro gasto em cada uma das outras fases.<br />
<br />
Considerando que desenvolver software é uma tarefa complexa e propensa a erros, é muito improvável que surjam técnicas para a construção de software que o livre de erros a serem removidos nos testes, porém fica claro pelos estudos de Glass que ao focar mais atenções na essência do problema a ser resolvido, o número de erros cai consideravelmente.<br />
<br />
No fato 32, a maior controvérsia está relacionada à noção de softwares isentos de erros. Muitos especialistas consideram ser possível isso ser feito, embora na prática isso só aconteça geralmente para software de pouca complexidade. O objetivo ideal para projetos de software complexos é realização de testes que garantam que o software esteja isento de erros críticos.<br />
<br />
Muitas equipes não dão a atenção adequada para a fase de testes de software e a grande maioria não utiliza nenhuma ferramenta que analise automaticamente a cobertura dos testes já realizados na estrutura. Essa falta de motivação para utilizar ferramentas que automatizem a analise de cobertura geralmente ocorre por não acharem viável investir recursos para isso ou até mesmo pelo desconhecimento dessas ferramentas.<br />
<br />
O Emma é uma ferramenta open source que ajuda nesta tarefa, fazendo a análise da cobertura de testes de um projeto Java e gerando um relatório em formato texto ou HTML. Esse relatório representa um feedback importante para os desenvolvedores, pois indica quais áreas do projeto ainda não estão sendo cobertas por testes automatizados e portanto devem ser tratadas prioritariamente [2]. <br />
<br />
A figura 1 apresenta um exemplo de relatório gerado pela ferramenta Emma. Esse relatório informa a porcentagem de cobertura de teste em cada parte da estrutura de um software.
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-gKUqgSZyp58/Trg6wwbWUyI/AAAAAAAAAew/Bzqu6Eo72Do/s1600/teste.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="162" src="http://1.bp.blogspot.com/-gKUqgSZyp58/Trg6wwbWUyI/AAAAAAAAAew/Bzqu6Eo72Do/s400/teste.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 10pt;">Figura 1: Relatório HTML para cobertura de teste
no Apache Velocity 1.4</span></b></td></tr>
</tbody></table>
Para maiores informações sobre a ferramenta Emma, consulte o site oficial da mesma em [3].<br />
<br />
A controvérsia ao fato 33 é referente ao desconhecimento da informação dada pelo mesmo. A pesquisa realizada por Glass que o proporcionou chegar a tal conclusão não foi devidamente divulgada, sendo assim muitos pesquisadores discordaram desse fato por desconhecerem a pesquisa.<br />
<br />
Não existe bala de prata capaz de proporcionar o desenvolvimento de um software isento de erros, porém a combinação das abordagens de testes, juntamente com uma maior atenção demandada à essência do software, proporciona softwares com o menor número de erros.<br />
<br />
Existem poucas controvérsias a respeito do fato 34. Talvez o motivo disso não seja relacionado à concordância ou discordância com o fato, mas sim com a falta de interesse nele.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Referências</span></b><br />
<b>[1] </b>Glass, Robert L. 1992. Software Quality Building. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.<br />
<br />
<b>[2] </b>TELES, V. M. Cobertura de Testes na Prática. Disponível em : <a href="http://www.devmedia.com.br/articles/viewcomp.asp?comp=8973" target="_blank">http://www.devmedia.com.br/articles/viewcomp.asp?comp=8973</a>. Acesso em 22 Maio. 2010.<br />
<br />
<b>[3]</b> EMMA: a free Java code coverage tool. Disponível em: <a href="http://emma.sourceforge.net/index.html" target="_blank">http://emma.sourceforge.net/index.html</a>. Acesso em 22 Maio. 2010.<br />
<br />
<b>[4]</b> Zhao, Luyin e Elbaum Sebastian. "A Survey on Quality Related Activities in Open Source." Software Engineering Notes, May. 2000.<br />
<br />
<b>[5]</b> RAYMOND, E.S. The Cathedral and Bazaar. O’Reilly Books, 1999.<br />
<br /></blockquote>
</div>
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0Av. Bueno Brandão, 1-331 - Viçosa - MG, 36570-000, Brasil-20.7545902 -42.8825242-20.873376699999998 -43.040452699999996 -20.6358037 -42.7245957tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-78420504513495004492011-09-29T21:56:00.000-03:002011-09-29T22:02:10.907-03:00O que é uma Infraestrutura de Dados Espaciais?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5XcFdVMgfXE/ToUNqpKUCGI/AAAAAAAAAcI/rkeIuy1Nm_M/s1600/geominas.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-5XcFdVMgfXE/ToUNqpKUCGI/AAAAAAAAAcI/rkeIuy1Nm_M/s1600/geominas.gif" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Dentre os diversos temas que estudei e continuo estudando no mestrado, um dos que mais li a respeito e passei a conhecer melhor foi IDE. Não falo exatamente daquele cabo de transferência de dados do HD (<i>Integrated Drive Electronics</i>), muito menos de um ambiente de desenvolvimento de software (<i>Integrated development environment</i>), estou falando mais precisamente sobre Infraestrutura de Dados Espaciais.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">O que é uma IDE?</span> </b><br />
Esse termo surgiu no início da década de 90 nos EUA devido a necessidade de se ter acesso a informação geográfica padronizada e desde então vem sendo cada vez mais debatido e recebido investimentos em escalas globais, regionais, nacionais, estaduais e municipais. O <i>US Federal Geographic Data Committee</i> define IDE como um conjunto de tecnologias, políticas, pessoal e atividades correlatas, necessárias para adquirir, processar, distribuir, utilizar, manter e preservar os dados espaciais em todos os níveis de governo, setor privado, terceiro setor e também o meio acadêmico.<br />
<br />
Assim como toda região civilizada possui infraestruturas elétrica, de água, esgoto, telefone e etc... para fornecer acesso a esses respectivos recursos para a população, uma IDE serve para fornecer acesso a informações geográficas.<br />
<br />
O desenvolvimento de uma região esta diretamente relacionado com a utilização adequada de recursos. Tendo posse de informações geográficas precisas, é possível realizar planejamento estratégico em diversos aspectos. Vamos imaginar que estudos consigam prever com antecedência a ocorrência de um desastre natural em uma determinada região e que existam informações geográficas disponíveis para estudos sobre a área que será atingida. A partir dessas informações é possível traçar diversas medidas estratégicas como rotas de fuga para a população, possíveis locais seguros para estabelecimento de abrigos e tomar outras medidas preventivas de maneira a minimizar o número de mortes e prejuízos materiais.<br />
<br />
É importante destacar que não basta simplesmente distribuir a informação geográfica, ela precisa seguir padrões definidos pela IDE em que ela é disponibilizada. Devido a diferenças políticas e culturais, é muito comum que IDEs pelo mundo sigam padrões diferentes, dessa maneira torna-se um grande desafio a criação de IDEs de âmbitos maiores como nacionais ou continentais (regionais), pois é necessário que os nodos menores (municipais e estaduais) sejam compatíveis com os nodos maiores. Esse processo envolve principalmente as questões políticas e é ai que mora o grande problema... <br />
<br />
Para ilustrar essa situação posso citar como exemplo o problema enfrentado pela Europa em 2002 com as inundações no Rio Danúbio. O Rio Danúbio é o 2º maior da Europa, fluindo por 2857 km e cortando 16 países europeus. Em 2002 inundações no Danúbio causaram 700 mortes, desabrigou 500 mil pessoas e causou prejuízos de €25 bilhões. Por mais que alguns países europeus já possuíssem iniciativas de IDE nessa época, não foi o suficiente para traçar medidas estratégicas preventivas mais eficientes, pois essas IDEs seguiam padrões diferentes que inviabilizavam um planejamento em escala continental.<br />
<br />
Atualmente a Europa passa por um processo de criação de sua IDE continental, a INSPIRE. A iniciativa INSPIRE começou em meados de 2000 e está prevista para ficar pronta somente em 2019. Esse é um projeto muito audacioso e complexo, se já é complicado pensar em padronização a nível nacional, imaginem a nível continental! Vários fatores estão envolvidos nesse processo, mas isso já é tema para uma futura postagem.<br />
<br />
Para terminar essa postagem eu gostaria de falar rapidamente a respeito de uma IDE que estamos desenvolvendo no Departamento de Informática da UFV, a IDE GeoMINAS. Esta é uma IDE de âmbito estadual que surgiu a partir de um projeto de reestruturação do portal de dados do Projeto GeoMINAS, sendo assim ela disponibiliza os dados espaciais disponíveis no antigo site do GeoMINAS porém agora documentados de acordo com o padrão de metadados (Perfil MGB) da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), IDE brasileira lançada no ano passado.<br />
<br />
O antigo projeto GeoMINAS foi uma iniciativa pioneira na disponibilização de dados espaciais em âmbito estadual. Ele foi articulado por um grupo de instituições sediadas no estado de Minas Gerais mas acabou abandonado devido a falta de apoio político.<br />
<br />
Para quem tiver interesse em conhecer a IDE GeoMINAS, ela encontra-se disponível em: <span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; font-size: 12px;"><a href="http://www.ide.ufv.br/geominas" target="_blank">http://www.ide.ufv.br/geominas</a></span><br />
<br />
Futuramente falarei mais sobre IDEs por aqui. Em caso de dúvidas e sugestões comentem!</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0Viçosa - MG, Brasil-20.7545902 -42.8825242-20.873376699999998 -43.040452699999996 -20.6358037 -42.7245957tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-8686632689804590312011-09-10T00:12:00.001-03:002011-09-10T00:29:23.675-03:00Fatos e falácias de Engenharia de Software - Requisitos de Software<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0jM9NMuq5Dk/Tmp26fNF8RI/AAAAAAAAAb0/nlizXero88A/s1600/Definicao-de-Requisitos-300x260.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-0jM9NMuq5Dk/Tmp26fNF8RI/AAAAAAAAAb0/nlizXero88A/s1600/Definicao-de-Requisitos-300x260.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Pra compensar o tempo sem muitas novidades por aqui, vamos logo retomar às discussões sobre pontos chave da Engenharia de Software.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de abordar tópicos importantes como <a href="http://mr-bin.blogspot.com/2011/04/fatos-e-falacias-de-engenharia-de.html">Reutilização</a>, <a href="http://mr-bin.blogspot.com/2011/03/fatos-e-falacias-de-engenharia-de_18.html">Estimativas</a> e <a href="http://mr-bin.blogspot.com/2011/03/fatos-e-falacias-de-engenharia-de.html">Profissionais</a>, discutiremos nessa postagem sobre <b>Requisitos de Software</b>, nada mais nada menos que a espinha dorsal de todo o processo de desenvolvimento!<br />
<br />
Para quem já vem acompanhando as discussões anteriores relacionadas a Engenharia de Software, acredito que aos poucos está ficando mais claro a relação existente entre os temas discutidos. Isso proporcionará uma visão crítica muito importante sobre todo o processo de desenvolvimento de software.<br />
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: center;">
<b>
Universidade Federal de Viçosa<br>
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 622 - Engenharia de Software<br />
Resumo nº. 04</b></div>
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Fatos</span></b><br />
<b>23 -</b> Um dos dois motivos mais comuns de projetos saírem de controle são os requisitos instáveis.<br />
<b>24 -</b> Requisitos errados são mais caros para reparar quando encontrados durante a produção, porém são mais baratos para corrigir no início do desenvolvimento.<br />
<b>25 -</b> Requisitos ausentes são os erros de requisitos mais difíceis de corrigir.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Discussão</span></b><br />
Os fatos estudados estão relacionados a problemas com requisitos de software e os impactos causados por eles no andamento de um projeto.
<br />
<br />
O fato 23 trata especificamente de requisitos instáveis. Segundo Glass [1], requisitos instáveis, juntamente com estimativas pobres e muito otimistas, são as principais causas dos projetos de software saírem de controle. Os problemas causados por estimativas falhas não são diretamente relacionados ao desenvolvimento de software, mas sim à gerência. Já os problemas ocasionados por requisitos instáveis são de desenvolvimento de software e são mais complexos de serem resolvidos que os outros.
<br />
<br />
Grande parte dos problemas causados por requisitos instáveis são gerados por clientes e usuários não entenderem o problema real que desejam solucionar com o software a ser desenvolvido.
<br />
<br />
Comparada a outras engenharias, como a civil, por exemplo, a engenharia de software é um tópico relativamente novo, portanto é normal que tantos problemas por requisitos instáveis existam, haja vista que muitas das soluções propostas por software ainda são inéditas, e quando esse tipo de solução está em desenvolvimento, o fato de não ter um padrão de comparação com algo já feito pra mesma finalidade, acaba gerando grandes incertezas.
<br />
<br />
Muitas soluções para requisitos instáveis foram tentadas ao decorrer dos anos. Inicialmente achava-se que o congelamento dos requisitos resolveria tais problemas e assim surgiu a proposta de especificação de software a partir de notações matemáticas, os chamados métodos formais. Segundo Sommerville [2], métodos formais oferecem a possibilidade de analisar através do emprego de cálculos matemáticos a consistência e provar que a implementação de um software corresponde à especificação.
<br />
<br />
Na prática observou-se que o congelamento dos requisitos, assim como a utilização de métodos formais de especificação de software não são eficientes para resolver o problema de requisitos instáveis, pelo contrário, eles podem atrapalhar e muito devido ao engessamento do processo.
<br />
<br />
Com o tempo ficou claro que para lidar com requisitos instáveis, o projeto teria que ficar em constante refinamento em busca da desejada estabilidade conceitual. Para isso o uso de protótipos da solução é uma boa prática, pois nem sempre o cliente sabe o que quer, mas geralmente sabe o que não quer. Nesse sentido, todo contato do cliente com novos protótipos gera o refinamento dos requisitos já levantados, pois o feedback do cliente com relação ao protótipo serve para direcionar a equipe de desenvolvimento a um caminho cada vez mais próximo do ideal.
<br />
<br />
Muitas técnicas surgiram com intuito de inserir cada vez mais os usuários no processo de desenvolvimento do software, especialmente no levantamento de requisitos. JAD (Joint Application Development) é uma dessas técnicas. Ela foi criada pela IBM na década de 70 e propõe que clientes/usuários e desenvolvedores trabalhem juntos em reuniões com objetivo de identificar o problema a ser resolvido pelo software, propor elementos de solução, negociar diferentes abordagens e por fim, especificar um conjunto preliminar de requisitos de solução [3]. A metodologia XP (eXtreme Programming) também prevê dentre suas várias propostas, uma interação semelhante entre cliente e desenvolvedor com o intuito de entender melhor o problema e levantar requisitos mais refinados, porém ambas as propostas devem ser muito bem aplicadas para atingirem sucesso, pois de nada adianta se o usuário/cliente escalado para participar do processo não tiver pontos de vista equivalentes ao da maioria dos clientes e usuários potenciais do software.
<br />
<br />
O desenvolvimento de software baseado em processos auxilia muito na gerência de projetos de software com requisitos instáveis, pois para lidar com tantas requisições de mudanças, é muito importante a gestão ter um processo de gerenciamento de mudanças bem definido. Dessa forma, toda requisição de mudança passa a ser analisada detalhadamente, observando todos os impactos que ela causaria no projeto e nível de custos, tempo e riscos. Após essa análise, a gerência pode tomar a decisão precisa juntamente com o cliente, avaliando se as mudanças solicitadas são viáveis ou não, evitando assim que o projeto saia de controle por uma decisão imprópria.
<br />
<br />
O fato 24 é um senso comum entre todos envolvidos com projetos, sejam eles de software ou não. Quanto mais cedo requisitos errados forem identificados, menos custoso será para corrigi-los. A correção de erros durante o desenvolvimento pode ser até 100 vezes mais custosa do que as correções feitas nas fases iniciais do processo [4]. A Figura 1, presente em [5], representa exatamente a ordem de crescimento dos custos para correções ao decorrer do progresso de um projeto.<br /><br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-SQIn5XhPw30/TmrVRuVdTnI/AAAAAAAAAb8/JYAagX5aG2Y/s1600/Sem%2Bt%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="http://4.bp.blogspot.com/-SQIn5XhPw30/TmrVRuVdTnI/AAAAAAAAAb8/JYAagX5aG2Y/s400/Sem%2Bt%25C3%25ADtulo.png" width="400" /></a></div>
<center><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Figura 1: Custos para correção de erros.</span></b></center><br />
Para diminuir os custos com as mudanças e correções, o ideal é refinar os requisitos do projeto o quanto antes possível. Para isso, várias técnicas podem ser usadas e o feedback do cliente nas fases iniciais é de extrema importância para evitar que problemas sejam detectados em fases muito avançadas da produção acarretando em custos e riscos elevados.
<br />
<br />
O fato 25 trata de algo interessante para refletir, que são os requisitos omitidos de software. Segundo o autor, um dos erros de requisitos mais difíceis de serem corrigidos é o de requisitos ausentes. Existem diversas técnicas de testes dos requisitos para identificar se eles correspondem ao que se espera do software, porém, um requisito não levantado, conseqüentemente também não será testado, porque teoricamente ele não existe.
<br />
<br />
Requisitos são levantados de diversas formas, mas de forma geral, o processo de levantamento de requisitos se baseia em interações de pessoas e análises de documentos. Devido à alta subjetividade dessas atividades, o risco de que algum requisito do cliente seja desconsiderado no levantamento está sempre presente.
<br />
<br />
Segundo o estudo realizado pelo autor, 30% dos erros de software são oriundos de lógicas omitidas de programação. Esse tipo de omissão é geralmente causada por requisitos não levantados. Testes geralmente baseiam-se em requisitos presentes no projeto, portanto, esses erros acabam passando despercebidos nos testes. A dificuldade de identificação desse tipo de erro acaba tornando-os difíceis de serem corrigidos.
<br />
<br />
Para tornar a análise de requisitos mais eficiente, o levantamento deve ser feito de forma iterativa, pois dessa forma a idéia sobre o problema principal a ser resolvido ficará mais madura e conseqüentemente os analistas passam a ter uma visão mais crítica sobre o problema, identificando os requisitos mais facilmente assim. A interação entre os analistas também é muito importante, pois a troca de informações entre diferentes pontos de vista pode também aumentar essa visão crítica de todos envolvidos.
<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Controvérsia</span></b>
<br />
Existem poucas controvérsias sobre o fato 23. Antigamente a controvérsia principal a ele era com relação ao congelamento dos requisitos. Hoje é raro encontrar quem discorde de que o congelamento de requisitos é sinônimo de falhas no projeto.
<br />
<br />
Atualmente a principal controvérsia ao fato 23 gira em torno da utilização de métodos formais para especificação de software. Na prática eles são pouco utilizados pelos profissionais de software, porém a academia ainda defende a “eficiência” de sua aplicação.
<br />
<br />
Como o fato 24 é um consenso geral, praticamente não existem controvérsias ao seu respeito. As únicas divergências ao fato 24 são relacionadas às formas de evitar que erros demorem a ser detectados. Existem diversas maneiras de fazer isso, porém dependendo da função que determinada pessoa exerce no processo de desenvolvimento, elas tendem a optar por métodos específicos relacionados a tal função.
<br />
<br />
A dificuldade para identificar e distinguir entre os tipos de erros cometidos acaba gerando poucas controvérsias sobre o fato 25.
<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Referências</span></b>
<br />
<b>[1] </b>Glass, R. Facts and Fallacies of Software Engineering. Addison Wesley. October 2002.
<br />
<br />
<b>[2] </b>SOMMERVILLE, I. Software Engineering, 5th edn, Addison-Wesley Publishing Company, Wokingham England. 1996.
<br />
<br />
<b>[3] </b>GUIMARÃES, E. C. F. O uso da técnica JAD - Joint Application Design para levantamento de requisites. Disponível em: <http: download="" palestra_engreq_jad_v2_quaddra.pdf="" www.quaddract.com.br="">. Acesso em 7 Maio. 2010.
<br /><br /><b>[4] </b>Boehm, Barry, and Victor R. Basili. 2001. "Software Defect Reduction Top 10 List." IEEE Computer, Jan. "Finding and fixing a software problem after delivery is often 100 times more expensive than finding and fixing it during the requirements and design stage."
<br /><br /><b>[5] </b>ANDERSON, K. M. Lecture 04: Software Process, Part 1. Disponível em: <a href="http://www.cs.colorado.edu/~kena/classes/5828/s07/lectures/04/index.html">http://www.cs.colorado.edu/~kena/classes/5828/s07/lectures/04/index.html</a>. Acesso em 7 Maio. 2010.
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</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0Muriaé - MG, Brasil-21.1303151 -42.3673893-21.3672926 -42.6832463 -20.893337600000002 -42.0515323tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-49925501004111393832011-08-31T17:54:00.003-03:002011-08-31T17:56:04.085-03:00Banco de Dados em Nuvem<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Qy_6yHXp760/Tl6asL-ahiI/AAAAAAAAAaw/gc8-2hM3RKM/s1600/timthumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="115" src="http://2.bp.blogspot.com/-Qy_6yHXp760/Tl6asL-ahiI/AAAAAAAAAaw/gc8-2hM3RKM/s400/timthumb.jpg" width="500" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Computação em nuvens é um tópico muito discutido atualmente nas diversas áreas da computação. No início do mestrado tinha ideia de realizar minha pesquisa envolvendo banco de dados em nuvens e por isso realizei uma boa revisão bibliográfica a respeito do tema. Embora tenha tido novas ideias ao decorrer do mestrado e mudado o tema da minha pesquisa, essa revisão que realizei me mostrou que existem diversas possibilidades de pesquisa em aberto envolvendo esse tema.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nessa postagem venho disponibilizar pra vocês um seminário que apresentei a respeito desse tema. Nele apresentei uma visão geral sobre o tema, abordei diversos tópicos importantes, problemas em aberto, principais tecnologias existentes, principais pesquisadores, conferências e revistas para publicar...etc. Acredito que esse possa ser um material muito útil para quem tiver interesse em pesquisar nessa linha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em caso de dúvidas, comentem a seguir...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://pt.scribd.com/doc/63678513/Banco-de-Dados-Em-Nuvens" style="-x-system-font: none; display: block; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 12px auto 6px auto; text-decoration: underline;" title="View Banco de Dados Em Nuvens on Scribd">Banco de Dados Em Nuvens</a><iframe class="scribd_iframe_embed" data-aspect-ratio="1.33333333333333" data-auto-height="true" frameborder="0" height="600" id="doc_65694" scrolling="no" src="http://www.scribd.com/embeds/63678513/content?start_page=1&view_mode=slideshow&access_key=key-pl2ylrl0q0b9mw7arhk" width="100%"></iframe><script type="text/javascript">
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<br />
Digo que tem relação indireta pois minha pesquisa envolve bastante sobre Padrões de Análise, que basicamente proporciona reutilização conceitual no processo de software, enquanto que na discussão dessa postagem irei abordar mais especificamente a reutilização de código.<br />
<br />
Futuramente estarei postando também sobre Padrões de Análise por aqui, mas enquanto isso vamos ao nosso texto de hoje.<br />
<br />
<blockquote><center><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 622 - Engenharia de Software<br />
Resumo no. 03</b></center><br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Fatos</span></b><br />
<b>15 -</b> Reutilização em pequena proporção (bibliotecas de sub-rotinas) começou há quase 50 anos e é um problema bem resolvido.<br />
<b>16 -</b> Reutilização em grande proporção (componentes) continua sendo um problema na maior parte não resolvido, embora todos concordem que é importante e desejável. <br />
<b>17 -</b> Reutilização em grande proporção funciona melhor nas famílias de sistemas conexos e, portanto, é dependente do domínio. Isso restringe a aplicabilidade potencial desse tipo de reutilização.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Discussão</span></b><br />
Ambos os fatos estudados tratam da Reutilização, sendo que cada um deles aborda o tópico por visões distintas. Atualmente muito se fala em reutilização de código, sendo que muitos tratam dessa técnica como se ela fosse novidade. O próprio paradigma de programação orientada a objetos coloca a reutilização como uma das suas grandes inovações. O fato 15 mostra que na verdade Reutilização de código é um conceito que surgiu na década de 50 com a Organização Share [1]. A proposta da Organização Share foi a de criar um espaço semelhante a uma biblioteca tradicional, porém lá ao invés de livros, os programadores compartilhavam códigos de programação de uso freqüente, e sempre que precisavam implementar algo que achavam que alguém poderia já ter feito antes, consultavam a biblioteca de códigos para evitar o retrabalho. Dentre esses códigos de uso comum que eram compartilhados, são exemplos funções para realização de operação matemáticas, funções de ordenação e busca de valores.<br />
<br />
Com o passar dos anos a idéia de reutilização em pequenas proporções tornou-se muito difundida e ficou claro que isso agiliza muito o desenvolvimento. A maioria das linguagens mais utilizadas atualmente possui vastas bibliotecas de códigos definidos para diversos domínios comuns, como por exemplo, as conexões com os variados tipos de SGBDs. <br />
<br />
As bibliotecas das linguagens geralmente possuem funções que já foram exaustivamente testadas e amplamente utilizadas, passando assim um alto grau de confiabilidade. Portanto é muito mais eficiente em termos de agilidade na implementação e até mesmo de segurança (dependendo do domínio), utilizar funções pré-definidas nas bibliotecas do que ter o trabalho de fazer algo já existente. <br />
<br />
O fato 16 trata da reutilização de código em grandes proporções, a chamada engenharia de software baseada em componentes. Essa proposta prega que softwares podem ser montadas unicamente a partir de união de “peças” já existentes (componentes), escolhidos mediante a especificação dos requisitos. Essa idéia nos leva a pensar em uma verdadeira linha de montagem de software, porém na prática isso não acontece exatamente assim. <br />
<br />
Essa idéia de reutilização de componentes (reutilização de códigos em grande proporção) também não é nova, mas ao contrário da reutilização de bibliotecas de sub-rotinas comuns (reutilização de códigos em pequena proporção), ela nunca se tornou algo utilizado em grande escala. A discussão do fato 16 é basicamente a respeito do motivo pelo qual isso nunca aconteceu, mesmo sabendo-se que na teoria é algo que traria avanços significativos de produtividade no processo de desenvolvimento de software.<br />
<br />
O problema maior da criação de componentes reutilizáveis, é que eles devem ser genéricos o suficiente para atender a qualquer domínio. Porém há grandes diferenças de exceções entre os domínios. Embora alguns problemas grandes quando analisados superficialmente possam parecer semelhantes, há uma série de restrições para as possíveis soluções quando analisamos os mesmos problemas em domínios diferentes. <br />
<br />
O fato 17 trata de algo extremamente realista e menos utópico que a reutilização de componentes totalmente genéricos. A grande barreira que impede a disseminação da reutilização em grandes proporções são as sutilezas que diferem os domínios. Elas dificultam muito na criação de componentes genéricos que atendam a todos os domínios de forma eficiente. Porém quando se trata de componentes aplicados a um mesmo domínio de problemas, a chance de sucesso aumenta consideravelmente [4]. <br />
<br />
Os estudos realizados pelo Software Engineering Laboratory (SEL), da NASA-Goddard [2] exemplificam bem essa afirmação, haja vista que 70% dos softwares desenvolvidos por eles dentro do domínio específico de dinâmica de vôos reutilizaram componentes com sucesso. <br />
<br />
Grandes empresas como a Microsoft utilizam desses conceitos em seus softwares principais. Plataformas como o pacote Office e o sistema operacional Windows, são desenvolvidas atualmente reutilizando-se de diversos componentes que foram sendo implementados pela empresa ao decorrer dos anos. A cada nova versão, grande parte dos componentes anteriores é reutilizada e inovações são acrescentadas, gerando assim novos componentes que serão reutilizados posteriormente. <br />
<br />
Esse processo de reutilização também torna o processo de desenvolvimento de uma empresa cada vez mais maduro, montando uma espécie de linha de montagem de software, mas é importante observar que o domínio de aplicação desses componentes acaba sendo bem restrito para alcançar tal eficiência na sua aplicação. <br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Controvérsia</span></b><br />
A principal controvérsia do fato 15 é relacionada ao desconhecimento da história da reutilização. Principalmente após a difusão do paradigma de programação orientada a objetos, muito começou a se falar sobre reutilização de código como uma grande inovação. O conceito de reutilização de código não é novo como muitos entusiastas imaginam e já existia muito antes de orientação a objetos por exemplo.<br />
<br />
Existem muitas controvérsias entre as tentativas de explicações para o fato 16. Enquanto alguns vêem a engenharia de software baseada em componentes como o futuro, outros são completamente céticos com relação a sua aplicação real.<br />
<br />
O NASA's Goddard Space Flight Center [2] realizou durante anos estudos relacionado ao desenvolvimento de softwares específicos baseados em componentes. Cerca de 70% dos softwares desenvolvidos dentro do domínio de atuação do NASA-Goddard foram construídos com reutilização de componentes, um número alto, mas que não pode ser interpretado de qualquer maneira. A eficiência da reutilização de componentes nesse caso foi devido à semelhança real dos softwares. Softwares de um mesmo domínio tendem a terem restrições semelhantes, portanto a generalização eficiente dos componentes fica facilitada.<br />
<br />
Outro motivo levantado para a possível não adoção em massa da reutilização em grande proporção, é a chamada síndrome do “Não-Inventado-Aqui” (NIH em inglês). Essa síndrome seria comum a profissionais teimosos que acreditam ser mais complicado administrar algo não criado por eles mesmos.<br />
<br />
De uma maneira geral, não se pode afirmar que a engenharia de software baseada em componentes é boa ou ruim, para isso é necessário analisar o contexto. Devido às diferenças entre os diversos domínios, é muito complicado que a criação de componentes totalmente genéricos seja eficiente para aplicação em todos os casos, mas em casos específicos eles podem ser extremamente eficientes. Muitos autores, assim como GLASS [3], acreditam que a reutilização de código em grandes proporções não chegará a ser tão difundida e comum quanto a de pequenas proporções, mas essa visão embasa-se na sua complexidade e não na qualidade da proposta.<br />
<br />
As controvérsias ao fato 17 são referentes às pessoas entusiastas da reutilização em grandes proporções da forma mais genérica possível, abrangendo a domínios de qualquer espécie. Essas pessoas acabam tendo esse tipo de visão por desconhecerem as diferenças entre os domínios, pois essas diferenças impossibilitam uma maior eficiência na resolução de problemas comuns a domínios distintos utilizando componentes totalmente genéricos.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Referências Bibliográfica</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: left;"><b>[1]</b> SHARE Inc. About SHARE. Disponível em: <a href="http://www.share.org/AboutSHARE/tabid/65/Default.aspx">http://www.share.org/AboutSHARE/tabid/65/Default.aspx</a> Acesso em 10 Abr. 2010.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b>[2]</b> NASA-Goddard Space Flight Center. About the Goddard Space Flight Center. Disponível em: <a href="http://www.nasa.gov/centers/goddard/about/index.html">http://www.nasa.gov/centers/goddard/about/index.html</a> Acesso em 10 Abr. 2010.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b>[3]</b> GLASS, R. Facts and Fallacies of Software Engineering. Addison Wesley. October 2002.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b>[4]</b> McBREEN, Pete. Software Craftsmanship. Boston: Addison-Wesley. Says "cross-project reuse is very hard to achieve." 2002.</div></blockquote></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-62054819605552241272011-03-26T20:55:00.000-03:002011-03-26T20:55:49.996-03:00SCRUM + Customização de Processos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;">Segunda-feira (21/03/2011) tive o prazer de proferir uma espécie de palestra para a turma de Engenharia de Software do mestrado em Ciência da Computação da UFV a convite do professor José Luis Braga. Nessa palestra abordei métodos ágeis e customização de processo de software utilizando especificamente SCRUM + RUP + Parte do MPS.br nível G.<br />
<br />
Mesmo para quem não assistiu a apresentação, vale muito a pena dar uma olhada no material disponibilizado abaixo com calma pois ele é bem auto-explicativo e abrange principalmente o SCRUM de maneira ampla. Em caso de dúvidas, sugestões, críticas...etc, comentem por ai pessoal.<br />
<br />
<center><div id="__ss_7401235" style="width: 425px;"><strong style="display: block; margin: 12px 0 4px;"><a href="http://www.slideshare.net/lucasvegi/scrum-customizao-de-processos" title="Scrum + Customização de Processos">Scrum + Customização de Processos</a></strong> <object height="355" id="__sse7401235" width="425"> <param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=scrum-cpia-110326172037-phpapp01&stripped_title=scrum-customizao-de-processos&userName=lucasvegi" /><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="allowScriptAccess" value="always"/><embed name="__sse7401235" src="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=scrum-cpia-110326172037-phpapp01&stripped_title=scrum-customizao-de-processos&userName=lucasvegi" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="355"></embed> </object> <br />
<div style="padding: 5px 0 12px;">View more <a href="http://www.slideshare.net/">presentations</a> from <a href="http://www.slideshare.net/lucasvegi">Lucas Vegi</a> </div></div></center></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-68250116433657201232011-03-18T15:56:00.002-03:002011-03-18T15:58:43.358-03:00Fatos e Falácias de Engenharia de Software - Estimativas de projetos de software<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/-XlahgRGmFK4/TYOmErEgEYI/AAAAAAAAAZ4/BLrJwWwjuFI/s1600/burndownIdeal.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://lh6.googleusercontent.com/-XlahgRGmFK4/TYOmErEgEYI/AAAAAAAAAZ4/BLrJwWwjuFI/s320/burndownIdeal.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Dando continuidade a seqüencia de postagens sobre temas polêmicos em engenharia de software, o tema da discussão dessa postagem será: <b>Estimativas de projetos de software.</b><br />
<br />
É impressionante como essa parte fundamental do processo de desenvolvimento de software ainda hoje seja realizada de maneira tão errônea e que sofra com influências tão negativas quanto às discutidas nesse resumo.<br />
<br />
Caso alguém já tenha sentido na pele algum desses fatores negativos e queira compartilhar essa experiência ruim para enriquecer nossa discussão, não deixe de comentar.<br />
<br />
<blockquote><center><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 622 - Engenharia de Software<br />
Resumo nº 2</b></center><br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Fatos Estudados</span></b><br />
<b>09 -</b> A maioria das estimativas de software são realizadas no início do ciclo de vida. Isso faz sentido, até que percebemos que as estimativas são obtidas antes dos requisitos serem definidos e, portanto, antes do problema ser compreendido. Estimativa, portanto, ocorre geralmente na hora errada.<br />
<b>10 -</b> A maioria das estimativas de software são feitas tanto pela alta gerência ou pelo marketing, não pelos profissionais que irão construir o software ou os seus gestores. Estimativa é, portanto, feita por pessoas erradas.<br />
<b>11 -</b> Estimativas de software raramente são ajustadas conforme o andamento do projeto. Assim sendo, as estimativas feitas no momento errado, por pessoas erradas, geralmente não são corrigidas.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Discussão</span></b><br />
Os fatos estudados analisam alguns problemas relacionados às estimativas de projetos de software. O nono fato trata do momento do processo de software em que as estimativas são traçadas. Ele apresenta um problema que pode soar absurdo nos dias de hoje, mas que na prática acontece em alguns projetos. Algumas equipes traçam as estimativas de tempo e custos de um projeto de software previamente ao levantamento de requisitos, algo que é completamente inaceitável, se considerarmos as melhores práticas de gestão de projetos de software. Após o levantamento e análise dos requisitos é que o problema a ser resolvido pelo projeto começa a ser realmente entendido, portanto, fazer estimativas antes na análise de requisitos é como dar um tiro no escuro, pois dificilmente a equipe terá argumentos sólidos onde se basear neste ponto de partida do ciclo de vida.<br />
<br />
Segundo MARÇAL [2], em projetos gerenciados por Scrum, o cronograma é extraído do Product Backlog, sendo que as estimativas são feitas em dois níveis. Primeiro em alto nível, analisando cada requisito do Product Backlog para assim obter-se uma visibilidade geral do projeto e durante o processo são feitas estimativas de cada Sprint Backlog, oferecendo dessa forma uma visibilidade mais precisa de cada iteração.<br />
<br />
O décimo fato é diretamente relacionado ao nono. Muitas das vezes as estimativas são traçadas no momento errado porque as pessoas responsáveis por elas também eram inapropriadas para tal. A alta gerência e/ou os responsáveis pelo marketing, na maioria das vezes não tem uma visão bem definida ou entendimento suficiente sobre qual é a importância dos requisitos e muito menos em como a alteração deles pode impactar sobre as estimativas do projeto todo. Sendo assim, ao invés dos profissionais de software (analistas, programadores, etc) serem os encarregados por traçarem as estimativas, baseando-se nos requisitos, dados históricos e outros fatores relevantes, quem acaba traçando as estimativas ao cliente são a alta gerencia e o marketing, pessoas geralmente desqualificadas para realizar tal tarefa. Por esse motivo essas pessoas acabam fazendo-a de forma errônea, geralmente considerando muito mais o desejo em detrimento ao que seria realmente possível.<br />
<br />
Embora possa parecer absurdo que softwares profissionais sejam concebidos a partir de estimativas errôneas realizadas por pessoas inadequadas, os autores do estudo de CASE [1] mostram que impressionantes 70% dos softwares são concebidos dessa forma, com estimativas sendo definidas pelos usuários (clientes) e apenas 4% das estimativas são realizadas pela equipe do projeto.<br />
<br />
O fato 11 relaciona-se aos dois anteriores, acrescentando ainda mais acontecimentos que fogem ao padrão. Considerando que as estimativas são geralmente traçadas no momento errado e por pessoas inapropriadas, o resultado final só poderia ser um projeto mal estimado e que não atende à realidade, porém, por incrível que pareça, a alta gerência além de traçar suas estimativas erroneamente, ignorando fatores como a complexidade do projeto e o custo real para atender aos requisitos, dificilmente ela permite mudanças de cronograma, obrigando assim a equipe de desenvolvimento a trabalhar o quanto for necessário para atender aos seus desejos.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Controvérsia</span></b><br />
Dificilmente alguém conseguirá apresentar uma controvérsia ao nono fato, haja vista que antes de detalhar o que será desenvolvido, o risco de traçar uma estimativa errada é muito alto e pode ser determinante para um projeto fracassar. Mesmo em equipes que já possuem ampla experiência em diversos tipos de projetos, traçar uma estimativa analisando superficialmente um problema e comparando-o a outros projetos “semelhantes” já realizados pela equipe é algo perigoso, pois mesmo que exista muitos pontos em comum entre eles, os pequenos pontos que divergem podem impactar em vários outros, gerando assim um “efeito dominó” que impossibilita a precisão dessa estimativa por comparação superficial de semelhanças.<br />
<br />
Controvérsias para o décimo fato também são difíceis de serem citadas, pois é claro que para traçar estimativas de software, precisa-se ter conhecimento de causa e basear-se e referências concretas a fim de dar uma visibilidade mais precisa do projeto, e somente as pessoas ligadas diretamente a ele (programadores, analistas, etc) tem essa capacidade. Tanto a alta gerência quanto o marketing, geralmente só são capazes de traçar estimativas baseadas nos negócios, nos desejos comerciais e não no processo em si. <br />
<br />
Geralmente as estimativas traçadas pela alta gerência são motivos de discórdia entre os membros da equipe de desenvolvimento, porém quando a equipe é questionada pela alta gerência sobre o que daria pra ser feito no tempo estimado, freqüentemente essa resposta não é dada com precisão pela equipe, o que acaba gerando desconfiança na alta gerência sobre a capacidade da equipe traçar estimativas, entretanto isso é um erro. Possivelmente as equipes têm dificuldade em dar precisão para a alta gerencia sobre o que seria capaz de fazer em determinado tempo devido a esse questionamento ser feito em momento inoportuno, como por exemplo, antes do conhecimento detalhado dos requisitos.<br />
<br />
A controvérsia ao fato 11 chega a ser injusta. As estimativas traçadas no momento errado e por pessoas erradas tendem a gerar cronogramas impossíveis de serem cumpridos a risca, pois como eles são feitos considerando geralmente apenas o desejo da gerencia e não a complexidade real do problema a ser resolvido e os prazos previstos, na maioria das vezes acabam não sendo cumpridos e custos adicionais podem ser gerados por esse descumprimento. A culpa principal desses acontecimentos é dos responsáveis pelo estabelecimento das estimativas (alta gerência ou marketing), porém quem realmente leva a culpa é a equipe, que na verdade é a maior vítima de toda a situação.<br />
<br />
Analisando os fatos apresentados de forma ampla, percebe-se que existem poucas controvérsias a respeito deles, isso é ocasionado devido ao consenso geral no qual eles estão inseridos. Todos os profissionais de software sabem na realidade quem deve fazer as estimativas dos projetos, o que deve ser levado em consideração para tal, quando as estimativas devem ser traçadas e no caso de falhas ao estimar, medidas corretivas devem ser tomadas no cronograma e informadas aos stakeholders. Infelizmente na prática essas questões não são respeitadas devido a políticas empresariais internas pouco evoluídas.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Referências bibliográficas</span></b><br />
<b>[1]</b> CASE. "CASE/CASM Industry Survey Report." HCS, Inc., P.O. Box 40770, Portland, OR 97240. 1991.<br />
<br />
<b>[2]</b> MARÇAL, Ana Sofia; FREITAS, Bruno Celso C.; FURTADO, Felipe; MACIEL, Teresa; BELCHIOR, Arnaldo Dias. Estendendo o SCRUM segundo as áreas de processo de gerenciamento de projetos do CMMI. 2007 Disponível em: <a href="http://www.cesar.org.br/files/file/SCRUMxCMMI-CLEI-2007.pdf" target="_blank">http://www.cesar.org.br/files/file/SCRUMxCMMI-CLEI-2007.pdf</a>. Acesso em 27 mar. 2010.</blockquote></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-25386415031134433202011-03-05T00:45:00.001-03:002011-03-05T00:52:00.263-03:00Fatos e falácias de Engenharia de Software - Profissionais de software<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/--MJLZzeQQLA/TXGhQew3dlI/AAAAAAAAAZs/68SZxaKd8T0/s1600/size_590_funcionarios-google-escritorio-relax.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="239" src="https://lh6.googleusercontent.com/--MJLZzeQQLA/TXGhQew3dlI/AAAAAAAAAZs/68SZxaKd8T0/s320/size_590_funcionarios-google-escritorio-relax.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Carnaval chegando, pessoal se preparando para cair na folia e inspirado nessa animação, nada melhor do que discutirmos um pouco sobre engenharia de software não é pessoal?!<br />
<br />
Hoje estou dando início a uma sequência de postagens com discussões sobre temas diversos englobados pela engenharia de software. Boa parte dessas discussões são fruto da minha opinião a respeito de partes do livro "<b>Facts and Fallacies of Software Engineering</b>" escrito por Robert L. Glass em 2003. Esse é um livro muito interessante e de leitura super agradável que recomendo a todos que tiverem interesse em se aprofundarem nessas discussões.<br />
<br />
Para auxiliar aos mais interessados no tema, segue abaixo partes do livro de Glass disponibilizada pelo Google Books:<br />
<br />
<center><iframe frameborder="0" height="640" scrolling="no" src="http://books.google.com.br/books?id=3Ntz-UJzZN0C&lpg=PP1&ots=zeUKRTc0pp&dq=Facts%20and%20Fallacies%20of%20Software%20Engineering%20-%20Robert%20L.%20Glass&pg=PP1&output=embed" style="border: 0px;" width="500"></iframe></center><br />
Nessa primeira discussão expresso minha opinião a respeito de alguns tópicos que envolvem diretamente os <b>Profissionais de software e seus respectivos Ambientes de trabalho. </b>Espero comentários e críticas para enriquecermos nossos conhecimentos a respeito desse tema.<br />
<br />
<blockquote><center><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 622 - Engenharia de Software<br />
Resumo no. 1</b></center><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Fatos estudados</span></b><br />
<b>1 -</b> O fator mais importante no trabalho com software não são as ferramentas e técnicas utilizadas pelos programadores, mas sim a qualidade dos próprios programadores.<br />
<b>3 -</b> Adicionar pessoas a um projeto atrasado faz atrasá-lo mais ainda.<br />
<b>4 -</b> O ambiente de trabalho tem um profundo impacto sobre a produtividade e a qualidade do produto<br />
<b>6 -</b> Aprender uma nova ferramenta ou técnica realmente reduz a produtividade do programador e qualidade do produto inicialmente. O benefício final é alcançado somente após a curva de aprendizagem ser vencida. Portanto, vale à pena adotar novas ferramentas e técnicas, mas apenas (a) se o seu valor é visto de forma realista e (b) se paciência é usada na medição dos benefícios.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Discussão</span></b><br />
Ambos os fatos analisados tratam de temas pouco tangíveis por serem relacionados a pessoas.<br />
<br />
O primeiro fato trata da importância dos profissionais (analistas e programadores) no desenvolvimento de software. Por questões culturais, muitos engenheiros de software ainda consideram as ferramentas e técnicas empregadas no desenvolvimento de software sendo mais importantes que a qualidade dos profissionais que as utilizam, mesmo sendo a importância da qualidade dos profissionais um objeto de muitos estudos há anos, como relata PRESMAN [5].<br />
<br />
Gerenciar ferramentas e metodologias a serem aplicadas no desenvolvimento de software é algo mais tangível que o gerenciamento de pessoas, por esse motivo as empresas tendem a dar maior atenção à quais ferramentas e técnicas de desenvolvimento de software serão usadas em determinado projeto do que despenderem tempo com análises de motivação e perfil dos profissionais que serão alocados para o mesmo. Isso é um grande erro, pois de nada adianta empregar as melhores técnicas e usar as melhores ferramentas se o profissional que as utiliza não for competente para exercer suas atividades.<br />
<br />
Para amenizar essa deficiência na gestão de pessoas, o SEI criou o PM-CMM, que nada mais é do que uma extensão do CMM, porém com foco exclusivo nesse tipo de gestão, tendo práticas como o treinamento de pessoal, recrutamento, desenvolvimento de carreira e remuneração [4].<br />
<br />
O fato três é relacionado à adição de profissionais a projetos de software atrasados com intuito de acelerar o mesmo. Em processo de desenvolvimento de software isso não funciona muito bem, pois as atividades que envolvem esse tipo de processo são mais mentais do que mecânicas. Nesse sentido torna-se muito difícil um profissional ser inserido em um projeto que está em andamento e imediatamente render no mesmo ritmo dos outros profissionais que já participam do processo. Para ficar sintonizado com a equipe, esse profissional demandará uma maior atenção por parte dos outros e isso acarretará em atrasos e menor rendimento da equipe toda.<br />
<br />
Baseando-se na análise de alguns relatórios de projetos open source, YILDIRIM [7] afirma que ocorre aumento na média das contribuições com o acréscimo de programadores nas fases iniciais dos projetos, e um declínio na fase adulta. Isso vem a ratificar a Lei de BROOKS [3].<br />
<br />
O fato 4 deixa claro que de nada adianta ter a melhor equipe de programadores, usando as melhores ferramentas e técnicas de desenvolvimento de software se estes não estiverem em um ambiente propício ao trabalho que realizam. Interrupções e desvios de atenção causados por ambientes de trabalho tumultuados podem gerar muitos erros, haja vista que os trabalhos realizados em todas as etapas do desenvolvimento de software exigem muita atenção. Existem algumas iniciativas no sentido de controlar a qualidade do ambiente de trabalho, dentro elas vale ressaltar o PM-CMM, que contém diversas práticas em áreas de gestão de pessoas, sendo uma dessas áreas a de qualidade do ambiente de trabalho [4].<br />
<br />
O fato 6 trata da curva de aprendizagem de novas ferramentas e técnicas de programação. Empresas investem em atualizar seus profissionais, possibilitando que os mesmos aprendam novas tecnologias aplicáveis aos seus respectivos processos de desenvolvimento de software, mas todo aprendizado tem seu custo, fazendo com que a produtividade e a qualidade dos produtos caiam inicialmente. Isso se deve a diversos fatores, dentre eles a insegurança e inexperiência dos profissionais ao aplicarem as novas tecnologias. <br />
<br />
A qualidade dos profissionais e o ambiente de trabalho que ele está inserido podem influenciar muito no tempo gasto para uma equipe passar a dominar determinada técnica ou ferramenta e assim trazer benefícios a empresa, mas é muito difícil mensurar precisamente o esse tempo. <br />
<br />
Segundo ANZANELLO [1], “A curva de aprendizado apresenta-se como uma ferramenta capaz de monitorar o desempenho de trabalhadores submetidos a tarefas repetitivas”. As atividades realizadas no desenvolvimento de software não são repetitivas e a aplicação das novas tecnologias pode acontecer de formas diversas, por esse motivo torna-se complicado precisar tempos. <br />
<br />
O mais indicado a uma empresa que busca aplicar novos conhecimentos ao seu processo de desenvolvimento de software é a busca de informações com outros que já passaram pelo mesmo processo, pois esse confronto de informações relevantes poderá servir para que se tenha uma média aproximada de tempo que auxiliará nas tomadas de decisão dos gerentes.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Controvérsia</span></b><br />
No fato 1, a controvérsia mais comum é o descaso de muitas empresas com relação a gestão de pessoas. Mesmo que a maioria delas tenha consciência da importância da qualidade do profissional no processo, ainda preferem ignorar esse fato e privilegiar os investimentos em ferramentas e novas técnicas. A proposta do PM-CMM criado pelo SEI é muito interessante no sentido de reverter tal situação, mas ainda está longe de ser tão difundida quanto o CMM.<br />
<br />
Em controvérsia com o fato 3, RAYMOND [6] acredita que a adição de novos programadores a um projeto não necessariamente acarretará na diminuição do ritmo da equipe. Ele fez a afirmação conhecida como Lei de Linus “Dado uma base grande o suficiente de beta-tester e co-desenvolvedores, praticamente todo problema será caracterizado rapidamente e a solução será óbvia para alguém”. <br />
<br />
A base dessa visão de Raymond vem de uma afirmação de Brooks, que diz que se as tarefas de um projeto são divisíveis, você pode dividi-las bastante e atribuí-las as pessoas que são adicionadas ao final do projeto e tem o perfil adequado.<br />
<br />
Investimentos feitos em melhorias do espaço, divisão e organização do ambiente de trabalho são fáceis de serem medidos, o difícil é mensurar o quanto eles trazem de lucros. Isso gera uma controvérsia ao fato 4.<br />
<br />
Muitos defendem que o ambiente de trabalho deve ser o mais calmo e amplo possível, dando privacidade ao profissional para assim ele conseguir ter uma maior concentração em suas atividades, evitando distrações geradas por diversos fatores, dentre eles o da aglomeração de pessoas em um espaço inadequado. O Extreme Programming vai contra boa parte desses conceitos, gerando assim uma grande controvérsia. <br />
<br />
Segundo BECK [2], o XP prega o desenvolvimento de software em comunidade, para tal, o ambiente de trabalho convencional não atende aos requisitos necessários. Para a aplicação do XP, os computadores devem ficar aglomerados em um espaço comum a toda a equipe, evitando divisórias que separem os profissionais ou disposições muito espalhada dos móveis. O objetivo disso é fazer com que a equipe interaja mais, formando duplas que programam juntas e ao mesmo tempo conseguem ver o que a dupla do lado está fazendo, para se necessário também auxiliá-las. Essa interação traz ganhos tanto na identificação e solução de erros quanto no comprometimento da equipe com o projeto.<br />
<br />
Existe um consenso geral de que todo aprendizado tem seu custo inicial, portanto é muito difícil haver controvérsias a respeito do fato 6. As empresas devem ter consciência de que é importante adotar novas técnicas e ferramentas para assim evoluírem seus processos e terem retornos, mas não devem de forma alguma achar que esse retorno será imediato, pois de fato ele não será.<br />
Mesmo sendo difícil mensurar quando esses retornos virão, o feedback de outros que já adotaram as mesmas tecnologias é muito importante para traçar um planejamento e fazer projeções. <br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Referências bibliográficas</span></b><br />
<b>[1]</b> ANZANELLO, M. J.; FOGLIATTO, F. S. Curvas de aprendizado: estado da arte e perspectivas de pesquisa. Gest. Prod., São Carlos, v. 14, n. 1, abril 2007 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2007000100010&lng=en&nrm=iso. Acesso em 05 Mar. 2010. <br />
<br />
<b>[2]</b> BECK, K. Programação extrema explicada: acolha as mudanças. Porto Alegre: Bookman, 2004.<br />
<br />
<b>[3]</b> BROOKS, Frederick P., The Mythical Man Month: Essays on Software Engineering. Addison-Wesley, 1995.<br />
<br />
<b>[4]</b> CURTIS, B. A Mature View of the CMM. American Programmer, Vol. 7, No. 9, pp. 19-28, set. 1994.<br />
<br />
<b>[5]</b> PRESMAN, Roger S. Engenharia de Software. 5ª edição. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002.<br />
<br />
<b>[6]</b> RAYMOND, E.S. The Cathedral and Bazaar. O’Reilly Books, 1999.<br />
<br />
<b>[7]</b> YILDIRIM, H. Getting the Ball Rolling: Voluntary Contributions to a Large Scale Public Project. Journal of Public Economic Theory 8, 503-528. 2006.</blockquote></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-12286035229593383442011-02-20T00:25:00.004-03:002011-02-20T00:39:56.011-03:00Discussão: Pesquisa no Brasil<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-DzHCpUafqDs/TWCB8Yo0P5I/AAAAAAAAAZI/XdzMLlkvV9M/s1600/pesquisa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-DzHCpUafqDs/TWCB8Yo0P5I/AAAAAAAAAZI/XdzMLlkvV9M/s320/pesquisa.jpg" width="235" /></a></div><div style="text-align: justify;">O horário de verão acaba de terminar e em conseqüência disso meu dia foi acrescido em uma hora, sendo assim resolvi aproveitar um pouco desse tempo realizando a postagem de hoje.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b></b>Na primeira discussão postada aqui no blog fiz uma breve explicação falando que minha intenção era a de postar uma seqüência com 12 discussões, sendo 6 sobre Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação e 6 sobre tópicos em Engenharia de Software. Pois bem, hoje estou fazendo a sexta e última postagem (pelo menos por enquanto) sobre Técnicas de Pesquisa, abordando especificamente o tema: <b>Pesquisa no Brasil. </b><br />
<br />
Continuem acompanhando o blog pois brevemente darei início às discussões sobre Engenharia de Software, que acredito irão proporcionar trocas de idéias interessantes por aqui também.<br />
<br />
<blockquote><center><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 600 - Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação<br />
Resumo nº. 06</b></center> <br />
Os artigos estudados referem-se questões que envolvem a pesquisa no Brasil, questões relativas à transferência de conhecimento, propriedade intelectual e fontes de financiamento de projetos de pesquisa.<br />
<br />
Diferentemente de outros países, as pesquisas realizadas no Brasil possuem um baixo índice de depósitos de patentes. Nos países desenvolvidos é muito comum que pesquisas realizadas na academia gerem patentes e posteriormente tenham esses resultados compartilhados com a indústria gerando assim novos produtos. Para usufruir desse conhecimento, geralmente são firmados contratos de exploração de conhecimento, onde a indústria paga royalties à academia pelo fato de estar utilizando tecnologia gerada pela mesma. <br />
<br />
Essa maneira de conduzir as pesquisas voltadas à patentes e o posterior compartilhamento com a indústria mediante a compensação financeira é muito benéfica para ambos os lados. A indústria lucra por estar usufruindo de conhecimentos e invenções inovadores que são agregadas aos seus produtos, produzindo um grande diferencial de mercado, enquanto que a academia passa a ter cada vez mais recursos financeiros que proporcionam a realização de pesquisas cada vez mais importantes e de impacto, gerando assim um grande ciclo virtuoso.<br />
<br />
No Brasil vários fatores influenciam para que pesquisadores gerem poucas patentes, principalmente fatores culturais, burocráticos e financeiros. No nosso país é comum que na academia a mistura de papeis com a indústria seja vista com certo preconceito. Algumas vertentes mais tradicionalistas de pesquisadores acreditam que a transferência de conhecimento da academia para a indústria não seja algo benéfico para a academia. Com relação a burocracia, enquanto pedidos de patentes em outros países demoram cerca de 2 anos para serem atendidos, no Brasil esse período pode ultrapassar os 10 anos. Financeiramente falando, nem todo pesquisador tem fundos suficientes para submeter um pedido de patente, pois o custo inicial desse processo é caro, custando em torno de U$7.000,00.<br />
<br />
Uma forma de driblar limitações financeiras é a busca por agentes financiadores de pesquisa, como por exemplo, o FINEP, FAPESP, FAPEMIG, CAPES, entre outros.<br />
<br />
De maneira geral, para obter-se sucesso na capitação de recursos para pesquisas, deve-se inicialmente estabelecer o que se pretende pesquisar, de que maneira, levantar a importância de realizar pesquisas com o tema proposto, estabelecer um cronograma, estimar custos e antecipar possíveis resultados obtidos pela equipe de pesquisadores também previamente definida. A partir dessas definições, uma busca criteriosa deve ser realizada com intuito de encontrar agentes financiadores que tenham um perfil adequado para a proposta de pesquisa.<br />
<br />
Para encontrar os agentes ideais, é importante que seja analisado se esses agentes já financiaram pesquisas semelhantes à proposta e se atualmente continua sendo de seu interesse financiar algo com o perfil proposto. Quanto mais tempo os pesquisadores se dedicarem a encontrar agentes financiadores com perfis específicos, maiores serão suas chances de captarem recursos para suas pesquisas.<br />
<br />
Após levantamento prévio de possíveis agentes financiadores, é essencial que a elaboração do projeto que será proposto esteja estritamente dentro das normas e padrões exigidos por cada um, buscando sempre despertar interesse pela proposta, sendo claro, objetivo e ao mesmo tempo detalhista. Outro fator importantíssimo é a demonstração de seriedade, montando equipes de pesquisadores com credibilidade e atendendo os prazos estabelecidos.<br />
<br />
Outro tema abordado nas leituras foi com relação ao direito autoral no Brasil, mais especificamente de software. Semelhante aos direitos autorais concedidos a autores de obras literárias que valem por 70 anos após sua morte, direitos autorais de software valem por 50 anos no Brasil. Muitos autores acreditam ser absurdo que o direito de software dure tantos anos, pois na prática essa duração é como se fosse infinita, haja vista que a tecnologia avança de maneira muito acelerada e um software produzido a 50 anos atrás não agrega nenhum valor ao conhecimento da sociedade quando torna-se de domínio público. Isso é um fator prejudicial à inovação tecnológica e ao progresso científico do nosso país.<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><b>Referências</b><br />
<br />
<b>[1]</b> CÂMARA, G. (2006). Grandes desafios da Computação: A construção de uma “terceira cultura”. Disponível em: <a href="http://www.dpi.inpe.br/gilberto/present/grandes_desafios_gilberto.ppt">http://www.dpi.inpe.br/gilberto/present/grandes_desafios_gilberto.ppt</a> . Acessado em 28 nov. 2010.<br />
<br />
<b>[2]</b> Handbook for Preparing and Writing Research Proposals. C.P. Patrick Reid. Vienna, Austria, IUFRO Special Programme for Developing Countries, 2000. - 164 p. <br />
<br />
<b>[3]</b> LUCENA, Carlos José Pereira et al. Grandes Desafios da Pesquisa em Computação no Brasil - 2006-2016. Disponível em: <a href="http://goo.gl/fGCyq">http://goo.gl/fGCyq </a>. Acessado em 28 nov. 2010.<br />
<br />
<b>[4]</b> SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO. Computação Brasil, Porto Alegre, v. 20, p. 3-11, Jan./Fev.2006.<br />
<br />
<b>[5]</b> SAKIYAMA, C. C. H. Captação de Recursos para Pesquisa: Elaboração de Projetos. Seminário Pós-Graduação Informática – UFV – 10 de Julho de 2007.</div></blockquote><br />
</div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-31197486175709329872011-02-11T20:24:00.004-02:002011-02-11T23:09:59.848-02:00TCC: forNUT – Software Web para Análise Nutricional Infantil<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-HijV5Rd_sf0/TVWq1DXpbRI/AAAAAAAAAYw/UQW2d4Ou6f0/s1600/logo_fn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" src="http://1.bp.blogspot.com/-HijV5Rd_sf0/TVWq1DXpbRI/AAAAAAAAAYw/UQW2d4Ou6f0/s320/logo_fn.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">"Até que enfim Lucas!"... Pois bem pessoal, não sei se algum leitor do blog pensou isso ao ver essa postagem, mas a verdade é que já a um bom tempo (<s>mais de um ano</s>) venho pretendendo postar meu trabalho de conclusão de curso aqui no mr. BIN mas por diversos motivos acabei deixando pra depois. Pois bem, para os que já haviam me cobrado e estavam esperando por essa postagem, o dia chegou! =D<br />
<br />
Brincadeiras a parte, decidi compartilhar com vocês esse trabalho por entender que ele possa ser útil para alguém que esteja pesquisando e/ou trabalhando com temas correlatos. Ele foi realizado por mim como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação pela Faculdade de Minas - FAMINAS em 2009. Tive como orientador o Professor Ricardo Esteves Kneipp e como Co-orientador o Professor Gustavo Willam Pereira.<br />
<br />
A idéia para realização desse trabalho surgiu quando eu ainda estava no 4º período da graduação e ainda não tinha conhecimentos técnicos e científicos suficientes para realizá-lo. No entanto ao decorrer do curso a idéia foi amadurecendo, sendo aperfeiçoada e após bastante estudo e dedicação pude concluí-lo.<br />
<br />
Para uma breve introdução sobre o tema desse trabalho, eis aqui o resumo do mesmo:<br />
<br />
<blockquote><b>Resumo:</b> Este trabalho apresenta o processo de desenvolvimento de um software de nutrição baseado no conceito de computação em nuvens. Este software tem o intuito de avaliar crianças de até 10 anos e prescrever planos alimentares. Ele foi projetado utilizando UML e o projeto foi gerido utilizando o método ágil de engenharia de software SCRUM. A implementação utilizou as linguagens de programação PHP e JavaScript, o SGBD MySQL e o servidor web Apache, todas essas, tecnologias de software livre</blockquote><br />
O forNUT encontra-se disponível em <a href="http://www.fornut.com.br/" target="_blank">www.fornut.com.br</a>, no entanto ainda em fase beta e com público restrito. Pretendo tocar esse projeto a frente quando estiver com mais tempo disponível e torna-lo totalmente aberto ao público...idéias novas para ele não me faltam.<br />
<br />
Espero que esse trabalho possa servir de contribuição para outros e aguardo o feedback de quem por ventura dedicar um tempo de leitura para ele.</div></div><br />
<center><a href="http://www.scribd.com/doc/48662529/FORNUT-%E2%80%93-SOFTWARE-WEB-PARA-ANALISE-NUTRICIONAL-INFANTIL" style="-x-system-font: none; display: block; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 12px auto 6px auto; text-decoration: underline;" title="View FORNUT – SOFTWARE WEB PARA ANÁLISE NUTRICIONAL INFANTIL on Scribd">FORNUT – SOFTWARE WEB PARA ANÁLISE NUTRICIONAL INFANTIL</a> <object data="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf" height="600" id="doc_532171268416952" name="doc_532171268416952" style="outline: none;" type="application/x-shockwave-flash" width="100%"> <param name="movie" value="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf"><param name="wmode" value="opaque"><param name="bgcolor" value="#ffffff"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="FlashVars" value="document_id=48662529&access_key=key-2aqhkhqlfazvxwkp78sq&page=1&viewMode=list"><embed id="doc_532171268416952" name="doc_532171268416952" src="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=48662529&access_key=key-2aqhkhqlfazvxwkp78sq&page=1&viewMode=list" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="600" width="100%" wmode="opaque" bgcolor="#ffffff"></embed> </object> </center></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-33035808757808252562011-01-20T19:31:00.010-02:002011-01-20T20:06:21.654-02:00Discussão: Critérios de Avaliação do Meio Acadêmico<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TTimbsQFe5I/AAAAAAAAAYU/YMRM3PDiyGY/s1600/Avalia%25C3%25A7%25C3%25A3o-De-Peso-Gratuita.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TTimbsQFe5I/AAAAAAAAAYU/YMRM3PDiyGY/s200/Avalia%25C3%25A7%25C3%25A3o-De-Peso-Gratuita.jpg" width="175" /></a></div><div style="text-align: justify;">Após praticamente um mês sem publicar novas discussões aqui no blog, resolvi hoje dar continuidade a essa série de discussões de temas ligados ao meio acadêmico. Na postagem de hoje estarei abordando mais um tema polêmico que dividi opiniões: <b>Critérios de Avaliação do Meio Acadêmico.</b><br />
<br />
Convido aos leitores a comentarem a vontade e inclusive aproveitarem o novo espaço "Social Network" para postarem além de suas opiniões, materiais que por ventura julguem complementar ao tema tratado na discussão.<br />
<br />
<blockquote><center><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 600 - Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação<br />
Resumo nº. 05</b></center> <br />
Os artigos estudados referem-se ao meio acadêmico e diversas situações oriundas do mesmo, mais especificamente a respeito de critérios de avaliação.<br />
<br />
Tópicos como avaliação em <i>Journals</i> e Conferências, qualidade dos avaliadores, práticas de avaliação, critérios de mérito acadêmico e fator de impacto foram abordados e de uma maneira geral os autores foram bem críticos em relação a todos esses pontos, enunciando diversas falhas, atitudes antiéticas e outras situações que questionam de maneira pesada o modelo acadêmico vigente.<br />
<br />
Segundo o autor do artigo [1], devido ao fato dos avaliadores de <i>Journals</i> e Conferências realizarem suas atividades de forma voluntária, todo processo acaba acontecendo de uma forma muito amadora, sem motivação e com critérios questionáveis. É comum que trabalhos sejam rejeitados em um local e sejam aceitos em outros sem que os autores façam qualquer alteração nos mesmos, demonstrando assim não haver um padrão de correção. Pior que isso foi a comprovação feita pelos autores de que os avaliadores as vezes não lêem os artigos que estão avaliando, e isso ficou provado quando foi realizada uma experiência selecionando alguns artigos já publicados, alterando apenas o título e os autores e submetendo-os para avaliação. Alguns desses trabalhos foram aceitos para publicação e nos que foram rejeitados, em nenhuma das avaliações foi constatado a ocorrência de plágio, ou seja, ou avaliadores leram os trabalhos de forma muito superficial e pouco pesquisaram a respeito para avaliar, ou talvez nem devam ter se dado ao trabalho de ler.<br />
<br />
Em outra experiência realizada em [1], o autor submeteu para avaliação da Conferência <i>Visualization and Intelligent Design in Engineering and Architecture-VIDEA’95</i>, textos que não faziam o mínimo sentido, como por exemplo, a chamada de trabalhos da Conferência entre outros. O resultado final dessa experiência foi o aceite de todos os textos submetidos pelo autor. De forma indutiva ele chegou a conclusão de que na verdade não havia avaliação de trabalhos nessa conferência, mas sim um negócio de fachada onde qualquer texto que fosse submetido e pagasse a taxa de $600 seria publicado. O detalhe é que os trabalhos dessa conferência foram publicados pela Editora Elsevier, responsável por publicar livros de alta qualidade.<br />
<br />
Algo que foi muito criticado pela maioria dos artigos estudados foi a avaliação de produtividade de pesquisadores ser feita pela quantidade de trabalhos publicados e não pela qualidade. Esse procedimento é prejudicial a qualidade dos trabalhos publicados, pois muitos pesquisadores acabam jogando com a regra, publicando trabalhos mal revisados, em andamento ou com resultados superficiais. Técnicas como auto-plágio acabam também sendo incentivadas para gerar um número maior de publicações e dessa forma obterem mais acesso a financiamentos e maior prestígio. Trabalhos realmente desafiadores e que trazem grandes avanços para a ciência acabam sendo deixados de lado por demandarem mais tempo e esforço para serem realizados e conseqüentemente demoram mais para gerar resultados numéricos (número de publicações!)... Isso tudo é muito prejudicial para o progresso científico.<br />
<br />
Outra forma de se avaliar é com a utilização do fator de impacto. Essa avaliação é feita a partir da divisão do número de citações obtidas nos dois anos anteriores, pelo número de artigo publicados no mesmo período. Inicialmente esse critério parece um pouco mais justo que a simples contagem do número de publicações, pois se um trabalho é muito citado, provavelmente é porque o mesmo é de qualidade, certo? Nem sempre. Esse critério de avaliação também é falho em alguns aspectos. Autores podem acabar negociando troca de citações entre si para ambos serem beneficiados gerando números artificiais. Da mesma forma, autores que trabalham com temas novos ou pouco pesquisados, naturalmente serão pouco citados, sendo assim esses fatores de impacto serão baixos, mas nem por isso significa que os trabalhos realizados pelos mesmos foram de baixa qualidade.<br />
<br />
Após a leitura dos artigos, ficou claro que o modelo acadêmico atual, embora seja responsável pela formação de pessoas brilhantes e com méritos reais para alcançarem status em suas carreiras, também oferece muitas brechas para que pessoas antiéticas e de qualidades questionáveis consigam alcançar postos altos, status e pior que isso, acabar tomando espaço de outros que talvez merecessem mais. Contatos influentes ajudam muito nesse sentido também. Claro que isso não é algo generalizado, porém de fato acontece e sou cético com relação a mudanças leves. Para solucionar esses problemas citados no resumo e alguns outros relatados nos artigos lidos, uma mudança geral do sistema se faz necessária, porém isso não é algo trivial e que acredito demorará ocorrer, se é que ocorrerá.<br />
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<b>Referências</b><br />
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<div style="text-align: left;"><b>[1]</b> Warren D. Smith. (2010). Journals, Conferences, and Referees, or why "modern" "professional" Science is organized in a completely screwed up Victorian amateur way. Disponível em: http://www.math.temple.edu/~wds/homepage/refereeing. Acessado em 7 nov. 2010.<br />
<br />
<b>[2]</b> Ramesh V., Glass R.L., Vessey I. Research in computer science: An empirical study(2004) Journal of Systems and Software, 70 (1-2), pp. 165-176.<br />
<br />
<b>[3]</b> AMIN, M.; MABE, M. Impact factors: use and abuse. Perspectives inpublising, Amsterdam, n. 1, p. 1-6, Oct. 2000<br />
<br />
<b>[4]</b> Rossner, Mike; Van Epps, Heather; Hill, Emma. 2007. Show me the data. Journal of Cell Biology, Vol 179,No 6, December 17, pp. 1091-1092. http://dx.doi.org/10.1083/jcb.200711140 <br />
<br />
<b>[5]</b> David Lorge Parnas. 2007. Stop the numbers game. Commun. ACM 50, 11 (November 2007), 19-21. DOI=10.1145/1297797.1297815 http://doi.acm.org/10.1145/1297797.1297815<br />
<br />
<b>[6]</b> Bertrand Meyer, Christine Choppy, Jørgen Staunstrup, and Jan van Leeuwen. 2009. Viewpoint: Research evaluation for computer science. Commun. ACM 52, 4 (April 2009), 31-34. DOI=10.1145/1498765.1498780 http://doi.acm.org/10.1145/1498765.1498780<br />
</div></blockquote></div><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-45231703604421489042011-01-14T13:40:00.000-02:002011-01-14T13:40:44.053-02:00Solidariedade à Nova Friburgo e toda Região Serrana RJ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TTBo0rUj90I/AAAAAAAAAYQ/1V9z-jBsTWs/s1600/solidariedade1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TTBo0rUj90I/AAAAAAAAAYQ/1V9z-jBsTWs/s320/solidariedade1.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Fala pessoal, após alguns dias sem postar estou hoje fazendo a primeira postagem do ano. Infelizmente ela não será sobre algum tema agradável e muito menos sobre tecnologia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como todos devem estar sabendo e acompanhando pelos noticiários, a situação da região serrana do Rio de Janeiro está caótica por conta das inundações. A uns anos passamos por problemas em proporções muito (<s>muitooooo!!!</s>) menores em Muriaé-MG e não foi algo agradável pra ninguém, imagino o que deve estar passando os moradores dessa região com esse problema gigantesco.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje entrei em contato com o amigo Fábio Berbert, fundador e mantenedor do portal <a href="http://www.vivaolinux.com.br/" target="_blank">Viva o Linux!</a> para saber se estava tudo bem e ele me disse que na medida do possível ele e sua família estão bem. Hoje ele publicou no VOL um texto detalhando a situação de Nova Friburgo, cidade onde ele reside. Fiquei chocado com a situação e resolvi por meio do blog republicar o texto na íntegra com intuito de levar detalhes da situação aos leitores e dessa forma mobilizar mais ajudas aos moradores das regiões afetadas por essa catástrofe: </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><blockquote>"Prezados membros, <br />
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Parece que eu estava prevendo algo de ruim, tanto é que passei quase todo o mês ausente do site por conta de estafa mental, eu realmente não consegui botar o dedo no teclado neste final de ano. Por conta disso me dei ao direito de me ausentar do projeto por cerca de 20 dias, foram minhas merecidas férias após 8 anos de trabalho contínuo no VOL. <br />
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Na última terça (11/01) minhas baterias deram sinal de recarga e resolvi voltar ao trabalho, mal sabia eu que essa volta seria provisória. Estou redigindo este texto sem saber se ao final ainda terei luz e/ou internet para publicá-lo. A cidade está O CAOS! <br />
<br />
Entre a noite de terça e madrugada de quarta um dilúvio sem precedentes e incessável atingiu toda a Região Serrada do Estado do Rio de Janeiro. Em poucos minutos o rio que corta toda a Nova Friburgo transbordou e se expandiu pelas avenidas e ruas transversais da cidade. Por ser uma região montanhosa, as águas das encostas rapidamente desceram como "pororocas" morro abaixo, literalmente carregando tudo o que havia em seu caminho. <br />
<br />
Moro no segundo andar de um prédio no centro da cidade, em menos de uma hora minha rua virou um rio, e com correnteza forte. No primeiro andar do prédio ficam o estacionamento e o (ex)apartamento de minha sogra, que foi tomado por aproximadamente 1,60m de água e lama. No estacionamento do prédio eu tinha 2 veículos, um Xsara Picaso 2003 que estava a venda e um Fiat Ideia 2007 que ainda nem comecei a pagar, ambos estão com lama até o teto (sim, a água cobriu ambos). <br />
<br />
Duas horas de chuva foram o suficiente para estabelecer o caos na cidade, neste ponto as emissoras de TV e as rádios FM já estavam fora do ar, a luz também fora cortada. O único meio de informação era uma rádio local, a Friburgo AM, que funcionava a base de gerador e ouvíamos através de um radinho à pinhas. O apresentador recebia ligações de todos os cantos da cidade com as vítimas narrando suas desgraças ao vivo, era gente morrendo pra tudo quanto é canto. <br />
<br />
Passei pelas piores sensações de minha vida durante a enchente. Da minha janela só dava pra ver o rio destruindo tudo o que havia pela frente. Era armário, capacete, colchonete, lixo e tudo o que havia de direito flutuando correnteza abaixo. O ápice foi quando passou o corpo de uma mulher, aparentemente morta, flutuando e sendo levada como se fosse um galho de árvore. Me senti a mais impotente das criaturas, e realmente era. <br />
<br />
Por volta das 4h da manhã de quarta, ainda com muita chuva surrando nosso solo, relâmpagos interrompendo a escuridão total como vista de minha janela e trovoadas mais altas que as reproduzidas em volume máximo de meu home theater, eis que tudo começa a tremer, aqui pensei que minha hora havia chegado. No dia seguinte descobri que a 100 metros daqui uma barreira desabou, destruiu um clube, parte de uma escola e a casa de um vizinho. Infelizmente o vizinho estava em casa, foi soterrado, seu cachorro saiu com vida. <br />
<br />
No dia seguinte (hoje), sem luz, telefone e água, fomos às ruas e começamos a trocar algum tipo de comunicação, tudo à moda antiga, no esquema boca-a-boca mesmo. Na verdade ainda estamos assim, no momento ainda não temos telefone, aproximadamente 40% da cidade tem luz e nem sei como é que o provedor está funcionando, pois ele também foi destruído pela água. <br />
<br />
Só estando aqui pra ter noção do estrago que foi causado na cidade, ela literalmente ACABOU. <br />
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Meu tio conseguiu sair de sua casa segundos (SIM, SEGUNDOS) antes duma barreira destruí-la, felizmente sua mulher e filha também saíram ilesas, mas estão somente com a roupa do corpo. A maioria de seus vizinhos perderam a vida, incluindo as 3 melhores amiguinhas de minha prima. <br />
<br />
Aqui mesmo no centro (onde moro) 2 ou 3 prédios desmoronaram, ainda não se sabe quantas foram as vítimas. Teve uma rua que foi completamente soterrada, incluindo todas as casas, previsão de mais de 100 mortos no local. A rua do meu padrinho também sumiu do mapa, felizmente ele está curtindo o aniversário de 15 anos da minha outra prima na Disney. <br />
<br />
MUITA GENTE MORREU e ainda não foi retirada dos escombros. O número atual de 210 mortos somente na cidade de Nova Friburgo ainda é bastante impreciso, infelizmente. Na região já passam de 500. Há rumores de que existam 90 corpos de crianças e mais 6 adultos (os professores) numa colônia de férias que estava ocorrendo num bairro mais afastado da cidade. Se isto realmente for verdade, será uma das piores notícias da história do país. <br />
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O ex-prefeito da cidade também foi soterrado em seu sítio e junto dele estavam o filho e neto. <br />
<br />
Tentei visitar um amigo meu e a única via que dá acesso à sua rua está interditada por queda de barreira, nem a pé dá pra passar. Estou MUITO preocupado com ele, que tem esposa e filha de 9 anos. Não sei a que ponto andam seus suprimentos, na verdade nem sei como estão suas condições de vida. <br />
<br />
Existem dezenas de pontos sem acesso na cidade, as pessoas estão ilhadas, sem comida e água. <br />
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Helicópteros da Marinha não param de sobrevoar os céus, espero que estejam conseguindo socorrer a maioria, mas repito, é MUITA gente precisando de ajuda. <br />
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Dos 3 hospitais da cidade, 2 foram destruídos pela enchente. Me parece que as forças armadas já montaram 2 hospitais de campo por aqui. <br />
<br />
O comércio, acabou... Os clubes, acabaram... As ruas, acabaram... As escolas, acabaram... Vamos recomeçar tudo do ZERO! <br />
<br />
Enfim, tirando meu trauma emocional e pequenos prejuízos materiais, informo que estou bem e com saúde. Não sei se o serviço de internet e luz permanecerá estável e amanhã também me voluntariarei na busca por vítimas com vida nos escombros, por conta disso ficarei meio que ausente nos próximos dias. Também preciso buscar informações sobre o restante de meus familiares e amigos. <br />
<br />
Peço um pouco mais de paciência a todos os autores de artigos e membros ávidos por informações sobre GNU/Linux, as coisas continuarão um pouco devagar por aqui nos próximos dias. Este ano me organizarei para descentralizar o "poder" aqui no site, ele não pode depender somente de uma pessoa para ter material publicado. <br />
<br />
Não deixem de continuar acessando o site, até porque nosso fórum é bem ativo. Se possível, visitem os anunciantes do site também, atualmente minha única fonte de renda é o clique de vocês nos banners do Viva o Linux e acreditem, tem muita gente precisando de ajuda por aqui, espero ter condições de ajudar. <br />
<br />
Sobre a ajuda, por hora meu apelo é que busquem em sua cidade algum posto de coleta de doações para as vítimas da tragédia e enviem pra cá o que puderem, na seguinte ordem de prioridade:<br />
Água mineral (não existe mais na cidade);<br />
Alimento não-perecível;<br />
Roupas;<br />
Tênis, sapatos, chinelos (favor enviarem um amarrado no outro, pois pares perdidos na pilha de calçados perdem a serventia).<br />
<br />
Rezem pelas vítimas e peçam a Deus que pare de mandar chuva pra nossa região, pelo menos por hora! <br />
<br />
Um abraço."<br />
<br />
(Fábio Berbert de Paula, 2011)<br />
<a href="http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Tragedia-em-Nova-Friburgo-RJ/" target="_blank">Acesse a postagem original</a></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Convido a todos os leitores a aderirem esse movimento de responsabilidade social em prol das vítimas desse grande problema. Toda forma de ajuda é válida, seja procurando formas de realizar doações ou mesmo divulgando tais iniciativas.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-78217129522848260012010-12-29T23:53:00.002-02:002010-12-30T00:01:53.576-02:00Social Network: a nova seção do blog<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRvfL3W42eI/AAAAAAAAAYI/FDap5s9Fj6A/s1600/social_networks.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="209" src="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRvfL3W42eI/AAAAAAAAAYI/FDap5s9Fj6A/s320/social_networks.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Visando uma maior interação entre os leitores do blog e também proporcionar um canal direto de contato entre o blog e os leitores, resolvi criar a uma nova seção que denominei "Social Network". Tudo bem, poderia estar em português né?! Poderia, mas acho a sonoridade em inglês bem mais interessante. =)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, essa nova seção encontra-se na barra lateral direita do blog, logo abaixo da nuvem de Temas de postagens. Utilizei de gadgets do Google Friend Connect API para oferecer essa pequena rede social para os leitores. Nesse local todos poderão comentar a respeito de diversos temas, fazer sugestões de novidades para o blog, realizar críticas, elogios, responder a comentários anteriores e disponibilizarem links e vídeos relevantes as leituras realizadas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para postar nessa rede social é necessário primeiramente segui-la, sendo que para isso basta ter apenas uma conta do Google (Gmail) ou Twitter por exemplo, coisa que todos os leitores do blog devem ter (acredito que sim!).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não é bem uma novidade a utilização desses gadgets do Google em blogs para criação de pequenas redes sociais, pelo contrário, é algo que esta sendo cada vez mais normal. Espero alcançar no mr. BIN o mesmo sucesso que outros blogs estão tendo ao utilizarem esses recursos. Aproveitem!</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRvjgbK7NDI/AAAAAAAAAYM/k1WRH4s3ZPo/s1600/print.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRvjgbK7NDI/AAAAAAAAAYM/k1WRH4s3ZPo/s320/print.jpg" width="301" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seção Social Network mr. BIN</td></tr>
</tbody></table>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-75453346262611620322010-12-29T21:36:00.003-02:002010-12-29T22:39:28.689-02:00Meu Ambiente de Trabalho em 7 Itens<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRt-IKIKaKI/AAAAAAAAAXo/zP6UiJ_DQIQ/s1600/6a00d83420a27c53ef00e550676b738833-800wi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="211" src="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRt-IKIKaKI/AAAAAAAAAXo/zP6UiJ_DQIQ/s320/6a00d83420a27c53ef00e550676b738833-800wi.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Dando continuidade ao meme (entenda o que é meme <a href="http://mr-bin.blogspot.com/2009/01/post-especial-e-aniversrio.html">aqui</a>) postado pelo amigo <a href="http://plugandpray.com.br/posts/meu_ambiente_de_trabalho_em_7_itens">@welingtonveiga</a>, estou fazendo essa postagem para tentar de forma rápida e resumida descrever meu ambiente de desenvolvimento. Confesso que em alguns pontos devo estar um pouco desatualizado pois neste ano que se passou acabei me dedicando a atividades menos técnicas, embora tenha paixão por programar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após a essa breve explicação, vamos lá tentar descrever meu ambiente de trabalho em apenas 7 itens.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><b>1. Sistema Operacional</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"></div><ul><li style="text-align: justify;"><u>Windows 7:</u> Embora ele realmente não seja necessário para o ambiente de desenvolvimento, visto a forma rápida como o Ubuntu, por exemplo, evoluiu, ainda não consegui abandonar o Windows do meu ambiente de desenvolvimento. Acho que o principal fator para isso se chama COMODISMO... =). Brincadeiras a parte, após o fiasco que foi o Windows Vista, embora não seja um defensor do tio Bill, temos que reconhecer a evolução que o Windows 7 representou em relação ao seu antecessor.</li>
</ul><div style="text-align: justify;"></div><ul><li style="text-align: justify;"><u>Ubuntu:</u> Meu primeiro contato com ambiente Linux foi com sétima versão do Conectiva já a alguns anos. Não me lembro exatamente, mas com certeza eu ainda não estava na faculdade. A partir dai me tornei um curioso da plataforma e após conhecer o Ubuntu, ainda na versão 7.04, não abandonei mais. </li>
</ul><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Devido a ter tanto um ambiente linux, quanto um ambiente windows devidamente configurados para programar, acabo utilizando os dois, sendo meu humor o fator determinante para definir em que ambiente irei trabalhar em um projeto.<br />
<br />
Durante esse semestre tive que fazer alguns testes com a iOS SDK (Ambiente de desenvolvimento para iPhone) para a disciplina de Computação Móvel no mestrado, entretanto esse ambiente só é compatível com o Mac OSX. Sendo assim utilizei o <u>VirtualBox</u> para virtualizar o Mac OSX em PC e assim fazer um "hackintosh". Foi uma experiência muito interessante, embora eu não tenha evoluído muito no desenvolvimento para esse tipo de plataforma devido sua curva de aprendizagem ser bem íngreme e o tempo que eu tinha para o desenvolvimento do trabalho nessa plataforma ser bem curto(acabei optando por desenvolver um web app...). </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><b>2. IDE - Ambiente de Desenvolvimento Integrado</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">Uso <u>Eclipse</u> para programar com quase todas linguagens que utilizo, principalmente Java e PHP. Embora haja corajosos que ainda ousem a questionar a real utilidade de uma IDE, para mim, além de proporcionar um ganho considerável de tempo, me auxilia bastante no constante aprendizado das linguagens (afinal de contas não da pra saber tudo!).</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><b>3. Browser</b> </div><div style="text-align: justify;">Atualmente adotei o <u>Google Chrome</u> de vez como meu browser padrão. Fui usuário do Firefox desde 2004, quando ele lançou sua primeira versão e já a mais ou menos um ano vinha lutando para migrar dele para o Chrome e não conseguia devido a algumas extensões que me prendiam ao Firefox, como por exemplo o FireFTP. Entretanto já a uns 4 meses minha paciência com o alto consumo de memória do Firefox acabou e migrei para o Chrome de vez, adicionando assim mais um aplicativo Google aos tantos outros que eu já utilizava.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><b>4. Modelagem</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><ul><li style="text-align: justify;"><u>DBDesigner 4:</u> Embora o software já tenha sido descontinuado e a equipe de desenvolvimento esteja trabalhando atualmente no MySQL Workbench, ainda sou usuário do DBDesigner 4, uma excelente ferramenta de modelagem de banco de dados que gera a DDL a partir do diagrama entidade relacionamento construído nela pelos usuários. </li>
<li style="text-align: justify;"><u>StarUML:</u> A pouco tempo passei a utilizar principalmente o StarUML para documentar meus projetos. Ela é uma excelente ferramenta livre com suporte a UML 2.0, controle de versão, etc. Por muito tempo utilizei o Rational Rose para tal função (versão <s>pirata</s> que ainda não pertencia à IBM).</li>
</ul><div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><b>5. Ferramenta para Banco de Dados</b></div><div style="text-align: justify;">Nesse tópico não há muito o que falar. Quando trabalho com o MySQL, impreterivelmente utilizo o <u>PHPMyAdmin</u> para fazer a gestão do banco de dados. Utilizo essa ferramenta por julga-la poderosa e simples ao mesmo tempo. Fico tanto tempo o com Browser aberto que pra mim torna-se bem prático utiliza-la. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Andei utilizando o Oracle em um projeto meses atrás e pude comprovar que a ferramenta baseada em Browser fornecida por ele para fazer sua gestão também é bem interessante, mesmo sendo uma versão Lite.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><b>6. Multimídia</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><ul><li style="text-align: justify;"><u>iTunes:</u> Durante o trabalho é muito natural colocar uma musiquinha para relaxar e fazer as idéias fluírem melhor. Já a um bom tempo adotei o iTunes como meu player padrão. Tive a paciência de organizar bem meus mp3 utilizando os ricos recursos que essa ferramenta da Apple oferece e agora fica fácil escutar músicas de estilos compatíveis ao humor do dia. Em ambiente Linux uso bastante o Rhythmbox para essa finalidade, afinal de contas ele é o "genérico" do iTunes.</li>
<li style="text-align: justify;"><u>Photoshop:</u> Toda aplicação com visual agradável tende a chamar mais atenção dos usuários, pelo menos no primeiro momento. Pensando nisso prezo muito pelas interfaces das aplicações web que desenvolvo. Para tal, me aventuro bastante com edição de imagem, sendo que para isso utilizo principalmente o Photoshop. Por um bom tempo utilizei o Paint Shop Pro, ferramenta hoje pertencente a Corel.</li>
</ul><div style="text-align: justify;"><b>7. Extras ( Aplicações em nuvem )</b><br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRuejAKK52I/AAAAAAAAAYE/xELHfj9kX98/s1600/cloud-computing02%255B6%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TRuejAKK52I/AAAAAAAAAYE/xELHfj9kX98/s320/cloud-computing02%255B6%255D.jpg" width="320" /></a>Cada vez mais me torno adepto de aplicações em nuvens devido a portabilidade e possibilidade de trabalhos colaborativos oferecidos por elas. Acho que não seria interessante citar e explicar todas aqui pois a postagem já está ficando bastante extensa, porém vou listar as principais que utilizo e linkar:</div><div style="text-align: justify;"></div><ul><li style="text-align: justify;"><u><a href="http://www.dropbox.com/">DropBox</a></u></li>
<li style="text-align: justify;"><u><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none;"><u><a href="http://www.xmarks.com/">xMarks</a></u></span></u></li>
<li style="text-align: justify;"><u><a href="http://www.google.com/calendar?hl=pt_BR">Google Agenda</a></u></li>
<li style="text-align: justify;"><u><a href="http://docs.google.com/">Google Docs</a></u></li>
<li style="text-align: justify;"><u><a href="http://www.google.com/talk/">GTalk</a></u></li>
<li style="text-align: justify;"><u><a href="http://www.google.com/ig">iGoogle</a></u></li>
</ul>Caso alguém tiver alguma dúvida sobre elas, sugestão, crítica ou afins...comente por ai.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-73367164857458437622010-12-23T16:30:00.008-02:002011-09-17T14:18:35.959-03:00Discussão: Como escrever bons artigos científicos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TROOEH0cqGI/AAAAAAAAAXI/XG20eQE-W0M/s1600/escrever.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TROOEH0cqGI/AAAAAAAAAXI/XG20eQE-W0M/s320/escrever.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Para dar uma quebrada no ritmo de postagens sobre discussões científicas e evitar que o conteúdo do blog ficasse massante, resolvi fazer a postagem da semana passada sobre o filme "<a href="http://mr-bin.blogspot.com/2010/12/e-mesma-historia-se-repete.html">The Social Network</a>", entretanto optei retomar rapidamente às discussões dado o sucesso que elas estão tendo a nível de acesso e procura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para essa postagem iremos discutir um tema importante para TODAS as áreas: <b>Como escrever e estruturar bem artigos científicos. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora algumas pessoas da área de computação nem dêem a devida importância para desenvolver suas habilidades de escrita por julgarem não ser tão importante, após a leitura do resumo ficará claro que esse é um pensamento errado e que deve ser combatido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<i>obs: Essa será a última postagem que vou realizar antes do Natal, portanto desde já desejo um feliz natal repleto de muita fartura e alegrias a todos os leitores</i>.<br />
<br />
- Ilustração do post: Alexandre Araújo - <a href="http://www.estudiochanceler.com.br/wp/">Estúdio Chanceler</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote>
<br />
<center><b><br />
Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 600 - Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação<br />
Resumo nº. 04</b></center><br />
<div style="text-align: justify;">
Os artigos estudados referem-se a maneiras de escrever melhores artigos em um âmbito geral e também especificamente no campo da ciência da computação.<br />
<br />
Geralmente boa parte dos estudantes e profissionais da área de computação não têm muita afinidade com a escrita. Muito desse mau costume deve-se a falta de prática da escrita ou mesmo pelo desinteresse em escrever bons textos. Desde a graduação, muitos alunos de computação deixam de dar valor a qualidade dos textos que produzem por julgarem ser desnecessário ter tal habilidade bem desenvolvida para exercerem seus futuros cargos como profissionais de computação. Essa visão é completamente errada, pois é pura ilusão achar que o profissional de computação passará todo seu tempo sentado ao computador apenas programando. Profissionais de computação atuam em atividades que requerem habilidades de comunicação e conseqüentemente escrita, como levantamento e descrição de requisitos, elaboração de projetos, documentação clara de software, elaboração de manual do usuário, atas de reuniões e etc. Sendo assim, dependendo do cargo exercido pelo profissional de computação, pode ser que ele passe muito mais tempo executando atividades que envolvem a escrita do que programando por exemplo.<br />
<br />
Nesse sentido, fica claro que além de habilidades computacionais, é muito importante também ter habilidades em escrita para um profissional de computação ser bem sucedido em sua carreira corporativa.<br />
<br />
No artigo [3], os autores relataram um projeto voltado para quebrar essa barreira que alunos ainda não graduação costumam ter de que é desnecessário ter habilidades em escrita para ser um bom profissional em computação e a partir do uso de taxonomias de escrita e conselhos gerais, passaram preparar melhor os alunos no que diz respeito a escrita para ensino, comunicação acadêmica e profissional. Várias atividades de escrita foram destinadas aos alunos, sendo que estas utilizavam um modelo estrutural de redação pré-estabelecido que juntamente com o apoio do Centro de escrita da Universidade, permitiu que os alunos se concentrassem principalmente em aprendizagem e análise, em vez de organização e conteúdo.<br />
<br />
Para alunos de mestrado e doutorado, escrever bem tem uma importância ainda maior. Dentre os vários critérios utilizados para avaliação de planos de pós-graduação no Brasil, 50% está envolvido diretamente com a produção científica do mesmo. Sendo assim, quanto mais publicações em revistas e conferências de alto nível um plano tiver, maiores serão suas chances de ser avaliado com notas altas e conseqüentemente ter acesso a uma quantidade de recursos financeiros maiores. Quanto mais recursos têm um plano de pós-graduação, mais ele pode investir no seu pessoal e equipamentos, que logo tendem a resultar em pesquisas melhores.<br />
<br />
Somente bons artigos submetidos a veículos de alto nível conseguem ser publicados, e para melhorar a qualidade dos artigos escritos, várias dicas foram apresentadas nas leituras realizadas. De maneira geral, os artigos escritos devem ser claros e objetivos, possuírem uma boa revisão bibliográfica de trabalhos relacionados, apresentarem o problema que propõem solucionar, a relevância de tal problema e de forma bem fundamentada apresentar suas reais contribuições para solucionar o problema proposto, assim como o que difere tal contribuição das já realizadas em trabalhos anteriores.<br />
<br />
Um método interessante para escrever artigos foi apresentado em [1]. Chamado de método de escrita por <i>Scripts</i>, esse método basicamente divide o processo de criação de um artigo em quatro etapas, sendo que após a realização de cada uma delas, o texto fica cada vez mais detalhado e refinado, estando praticamente pronto após a realização da ultima etapa. Na primeira etapa desse método é criado o chamado <i>Outline</i>, que é basicamente a estrutura do artigo proposto, ficando definidas assim as seções e subseções que compõe o mesmo. Na segunda etapa é feito o chamado <i>Script 1</i>, onde em cada seção e subseção definida no <i>Outline</i>, são enumerados pontos chaves que serão detalhados na terceira etapa do método. Esses pontos são frases curtas e claras. Na terceira etapa é feito o <i>Script 2</i>, que nada mais é do que o detalhamento dos pontos estabelecidos da etapa anterior, colocando uma marcação entre chaves ao final de cada um deles. A quarta e última etapa basicamente é composta pela retirada das marcações feitas no <i>Script 2</i> e nas adaptações para dar sentido ao texto final.<br />
<br />
Todas essas questões que relatei até o momento são voltadas para aspectos técnicos de um artigo de qualidade, porém alguns aspectos não-técnicos também necessitam de atenção para evitar que bons artigos sejam rejeitados após submissão. Alguns aspectos não-técnicos que valem ressaltar são:<br />
<br />
<ul>
<li>Verificar se o artigo obedece à formatação exigida pela revista/conferência no qual será submetido;</li>
<li>Verificar se a revista/conferência para a qual o artigo será submetido é apropriada;</li>
<li>Usar sempre vocabulário formal;</li>
<li>Certificar-se de que todas as figuras e tabelas do artigo estão legíveis;</li>
<li>Cuidar para que o texto esteja claro;</li>
</ul>
<br />
Cada avaliador pode utilizar de critérios pessoais para avaliar um artigo submetido, porém de formas gerais, os aspectos técnicos e não técnicos que citei são sempre levados em consideração. Depois de realizada as avaliações, sempre os avaliadores fazem considerações que são muito valiosas para uma melhor adequação do artigo proposto, portanto essas considerações merecem muita atenção por parte dos autores.<br />
<br />
Após a leitura dos artigos ficou claro que escrever bem é tão importante para o profissional de computação quanto pra profissionais de outras áreas. Independente da escolha pelo meio acadêmico ou corporativo, sempre os profissionais de computação serão exigidos com relação a suas habilidades de escrita e a falta de tais habilidades poderá influenciar negativamente em suas carreiras.</div>
<br />
<b>Referências</b><br />
<br />
<b>[1]</b> BRAGANHOLO, V., HEUSER, C., REIS, A. (2004) “Redigindo artigos de Ciência da Computação: uma visão geral para alunos de mestrado e doutorado”, In: WTDBD - Workshop de Teses e Dissertações em Banco de Dados, Brasília, Brasil<br />
<br />
<b>[2]</b> Mary Shaw, "Writing Good Software Engineering Research Papers," Software Engineering, International Conference on, p. 726, 25th International Conference on Software Engineering (ICSE'03), 2003<br />
<br />
<b>[3]</b> Dugan, R. F. and Polanski, V. G. 2006. Writing for computer science: a taxonomy of writing tasks and general advice. J. Comput. Small Coll. 21, 6 (Jun. 2006), 191-203.<br />
<br />
<b>[4]</b> R. Levin and D. D. Redell. An evaluation of the ninth sosp submissions or how (and how not) to write a good systems paper. Operating Systems Review, 17(3):35--40, July 1983.</blockquote>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-5459399625828490042010-12-15T01:10:00.006-02:002010-12-29T23:57:03.618-02:00E a mesma história se repete...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TQgdtDqmxcI/AAAAAAAAAVY/oKW66tNUFJQ/s1600/the_social_network.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TQgdtDqmxcI/AAAAAAAAAVY/oKW66tNUFJQ/s200/the_social_network.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Essa semana tive a oportunidade de assistir ao filme "The Social Network", ou "A Rede Social", que refere-se a história da criação do <a href="http://www.facebook.com/">Facebook.</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Confesso que tive uma surpresa agradável com o filme, pois geralmente sou meio oposto as críticas e como li algumas elogiando-o muito antes de assistir, imaginei que não seria tão bom. Alguns críticos já estão inclusive classificando o filme como um clássico do cinema contemporâneo, não sei se é pra tanto, mas de fato é um excelente filme.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para quem ainda por ventura não ouviu falar sobre o filme (<s>de que planeta você é?</s>), ele está em cartaz nos cinemas brasileiros desde 3 de dezembro e foi indicado hoje a 6 globos de ouro. O filme basicamente conta a história da criação da rede social com maior número de usuários do mundo, o Facebook. É uma história repleta de reviravoltas e traições, envolvendo mulheres, drogas, muita astúcia e ganância. O filme foi baseado na história real contada no livro "<a href="http://www.submarino.com.br/produto/1/22265085/?franq=293461&utm_source=facebook&utm_medium=radarsub&utm_campaign=post">Bilionários por acaso: A criação do Facebook</a>", escrito por Ben Mezrich.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como o objetivo dessa postagem não é contar a história do filme, mas sim discutir questões a respeito da forma como o Facebook foi criado, vou contar apenas uma dose homeopática para efeito de contextualização. Tudo se passa em Harvard onde inicialmente os irmãos Cameron Winklevoss e Tyler Winklevoss tiveram a idéia de desenvolver um site de relacionamentos nos moldes de uma rede social, entretanto não tinham habilidades em programação para desenvolverem essa idéia. Sendo assim eles buscam por Mark Zuckerberg, jovem programador estudante também de Harvard, para compartilharem tal idéia e formarem uma parceria para a criação do site de relacionamentos. Zuckerberg topa de cara participar, entretanto passa a perna nos irmãos Winklevoss e inicia em 2004 o desenvolvimento do Facebook. Em pouquíssimo tempo o Facebook foi se espalhando pelas universidades americanas e posteriormente pelo mundo, porém para um projeto iniciado no alojamento de uma universidade tomar tais proporções, alguém teria que oferecer aparato financeiro para tal, e esse alguém foi Eduardo Saverin, brasileiro estudante de economia e melhor amigo de Zuckerberg.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Embora Eduardo a Mark fossem melhores amigos, quanto mais o Facebook foi expandindo, maior era a ganância de Mark pelo dinheiro. Sob influência de Sean Parker, co-fundador do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Napster">Napster</a>, que também passou a ter participações no Facebook, Eduardo foi forçado a assinar contratos tendenciosos que acabaram por praticamente retirar seus direitos na empresa, embora tenha sido quem mais injetou dinheiro na criação da mesma.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Resumidamente o que aconteceu em toda essa história: Duas pessoas tiveram uma idéia, alguém roubou a idéia e se junta outro que financiou a mesma. No final quem roubou a idéia inicial passa a perna em quem financiou e fica com toda a fatia do bolo, acumulando uma fortuna estipulada em 25 bilhões de dólares em apenas 6 anos!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Coincidências ou não, essa história nos faz lembrar de outras grandes empresas de tecnologia como Microsoft e Apple, que hoje são símbolos, entretanto iniciaram suas histórias também a partir de idéias roubadas e posteriormente aperfeiçoadas. Será que para ter uma empresa de tecnologia desse porte é necessário ser tão antiético? Bom...isso já é história para outra postagem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que mais me surpreende nessa história toda é o fato de tantas empresas de base tecnológica surgirem na academia americana (Google, Facebook, Yahoo!, Microsoft, Apple..etc) e conseguirem uma penetração tão grande na sociedade mundial e países do porte do Brasil não conseguirem alcançar feitos semelhantes. Será que eles são tão mais inteligentes assim? Sinceramente não acredito que seja esta a questão. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda falta muito incentivo ao desenvolvimento tecnológico e fomento a inovação no nosso país, pensa-se muito pequeno. Enquanto que nos EUA um moleque de 19 anos consegue ficar bilionário com um projeto iniciado no alojamento da sua universidade, no Brasil alguém com tal ambição seria considerado louco atualmente... Essas coisas acabam enraizando na nossa sociedade, desencorajando inclusive mentes de muito potencial, fazendo-as também pensar pequeno e assim não chegarem a níveis como os citados anteriormente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não sou dono da verdade e acredito que opiniões divergente às minhas podem acabar surgindo por aqui, mas o objetivo é esse mesmo, debater. Sintam-se a vontade em comentar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Como aperitivo, assistam ao trailer de "A Rede Social":<br />
<br />
<br />
<center><br />
<object height="272" width="448"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/lB95KLmpLR4?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/lB95KLmpLR4?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="448" height="272"></embed></object></center>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-7917698648565279672010-11-30T23:16:00.000-02:002010-11-30T23:16:50.982-02:00Discussão: Plágio em publicações científicas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TPWZAm2TtRI/AAAAAAAAAVA/0w_GKrvftno/s1600/plagio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TPWZAm2TtRI/AAAAAAAAAVA/0w_GKrvftno/s200/plagio.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Dando continuidade às nossas discussões científicas, hoje a postagem trata de um tema realmente polêmico e controverso: <b>Plágio.</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">Embora não seja um tema novo, o resumo trata de alguns pontos específicos da ocorrência do mesmo que acabam sendo interessantes para formação de senso crítico a respeito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Façam bom proveito da leitura e fiquem a vontade para comentar!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><center><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 600 - Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação<br />
Resumo nº. 03</b></center><br />
Os artigos estudados referem-se à ocorrência de plágio. Embora essa prática possa ocorrer em qualquer espécie de obra que envolva direitos autorais, os artigos referem-se mais especificamente a ocorrência dessa prática em publicações científicas.<br />
<br />
De maneira geral, plágio significa tomar posse de uma criação da qual os direitos autorais pertencem à outra pessoa e passar-se como criador da mesma. O plágio em publicações científicas pode se manifestar de várias formas, como a cópia integral ou parcial de uma obra e cópia de elementos de uma obra sem citar os devidos autores originais. Alguns autores também cometem plágio mesmo citando as fontes originais, pois acabam não deixando claro o que é de sua autoria e o que está sendo referenciado, podendo acabar assim se passando como autor de algo que ele não fez de fato.<br />
<br />
O ato de plagiar uma obra fere conceitos legais e éticos do meio científico, porém a partir da leitura dos artigos, é possível perceber que a prática do auto-plágio no meio acadêmico é um tanto quanto comum. O auto-plágio nada mais é do que aproveitar trabalhos anteriores integralmente ou parcialmente, e republicá-los sem fazer citação, fazendo assim os mesmos se passarem por trabalhos inéditos. Muitos problemas podem ser gerados a partir dessa prática, como por exemplo, visões distorcidas da sociedade em relação à forma como o capital investido em pesquisa é aplicado e desconforto no meio acadêmico por profissionais que não republicam seus trabalhos serem menos valorizados que outros que teoricamente produzem mais, porém estão repetindo publicações.<br />
<br />
As vezes é um pouco confuso pensar que um pesquisador não tem o direito de reaproveitar seus próprios trabalhos para de repente enriquecerem o contexto de trabalhos futuros, porém, muitas revistas tornam-se detentoras dos direitos autorais de um trabalho quando o mesmo é publicado por ela. Nesse sentido, o reaproveitamento descontrolado de um trabalho, mesmo que tenha sido feito pelo próprio autor, acaba gerando um problema legal, pois o mesmo não é mais dono dos seus direitos. <br />
<br />
O reaproveitamento de trabalhos anteriores em publicações futuras é permitido e pode inclusive ser uma prática saudável para contextualizar os novos trabalhos, porém qual é o limite de reaproveitamento? Não existe uma norma geral para isso. Nos próprios artigos estudados vimos medidas diferentes para o nível permitido de reaproveitamento, segundo [2], pelo menos 25% da publicação deve ser inédita para não configurar plágio. Já segundo [3], usualmente é utilizada a “regra dos 30%”, onde é permitido um reuso de até 30% de uma publicação anterior.<br />
<br />
É muito complicado estabelecer e mensurar tais valores, afinal de contas isso tudo acaba sendo um fator muito pessoal, sendo que determinados avaliadores podem achar que um trabalho está plagiando outro, enquanto outros avaliadores mais maleáveis enxergam por outra ótica.<br />
<br />
Outro fator que acaba facilitando a ocorrência de plágio é a falta de punições severas. Dentre as possíveis punições que vimos nos artigos, a maioria são punições brandas, como por exemplo, cartas de retratação admitindo o erro cometido.<br />
<br />
Não há problema em reutilizar trechos de trabalhos anteriores que sejam relevantes a trabalhos futuros, porém o que fica ruim são os abusos cometidos por alguns autores para ganharem volume de publicação. É de certo ponto até desagradável ler artigos diferentes de um mesmo autor tendo a sensação de que aquilo já foi lido anteriormente. Dentre os artigos estudados no <a href="http://mr-bin.blogspot.com/2010/11/discussao-experimentacao-em-ciencia-da.html">Resumo 2</a>, podemos exemplificar essa sensação com algumas publicações do Victor Basili. Em todos os seus artigos estudados, curiosamente o autor que ele mais cita é ele próprio e muitas das coisas que ele escreveu nesses artigos são claramente idênticas a de outros artigos de sua autoria, como é o caso dos artigos [5] e [6], onde trechos consideráveis dos mesmos são idênticos, sem ao menos mudar uma palavra e não existe citação de [6] para [5]. <br />
<br />
Quando a reutilização é considerada legal e ética, a mesma não traz problemas a ninguém, porém quando ela é considerada ilegal e/ou antiética, passa a ser tratada como plágio. Mesmo no meio acadêmico, as opiniões a respeito do que é ético e o que não é variam muito, como ficou claro em [2], portanto fica muito complicado fazer esse tipo de classificação. Essa falta de padronização de critérios e punições acaba dando abertura para a ocorrência de plágios e ao menos que seja dada uma maior atenção a esses pontos, essa prática continuará acontecendo tanto no meio acadêmico, quanto no meio de desenvolvimento de software e demais meios. <br />
<br />
<b>Referências</b><br />
<br />
<b>[1]</b> ACM policy and procedures on plagiarism, October 2005.<br />
<br />
<b>[2]</b> Collberg, C. and Kobourov, S. 2005. Self-plagiarism in computer science. Commun. ACM 48, 4 (Apr. 2005), 88-94. DOI= http://doi.acm.org/10.1145/1053291.1053293<br />
<br />
<b>[3]</b> Samuelson, P. 1994. Self-plagiarism or fair use. Commun. ACM 37, 8 (Aug. 1994), 21-25. DOI= http://doi.acm.org/10.1145/179606.179731<br />
<br />
<b>[4]</b> Siponen, M. T. and Vartiainen, T. 2007. Unauthorized copying of software: an empirical study of reasons for and against. SIGCAS Comput. Soc. 37, 1 (Jun. 2007), 30-43. DOI= http://doi.acm.org/10.1145/1273353.1273357<br />
<br />
<b>[5]</b> Basili, V. R. “The Experimental Paradigm in Software Engineering”. In H. D. Rombach, V. Basili, R. Selby, editors, Experimental Software Engineering Issues: Critical Assessment and Future Directions, Lecture Notes in Computer Science #706, Springer-Verlag, August 1993<br />
<br />
<b>[6]</b> Basili, V. R. The Role of Experimentation in Software Engineering: Past, Current, and Future, Proceedings of the 18th International Conference on Software Engineering, Berlin, Germany, March 25-29, pp. 442-449, 1996.</blockquote></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-39064584184897975382010-11-18T17:03:00.003-02:002010-11-18T17:14:17.281-02:00Discussão: Experimentação em Ciência da Computação é possível?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TOVzbD_B4HI/AAAAAAAAAU8/usGg0Pdbp54/s1600/TuxEinstein.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TOVzbD_B4HI/AAAAAAAAAU8/usGg0Pdbp54/s200/TuxEinstein.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Olá pessoal. Já faz mais ou menos um mês que fiz uma postagem a respeito da discussão Computação e a Ciência. Achei muito legal a forma como a discussão foi muito bem aceita por vocês leitores. Nessa postagem eu tinha explicado a origem daquele texto e dito que haveriam mais 11 postagens com discussões a respeito de engenharia de software e técnicas de pesquisa em computação, sendo que eu tentaria manter uma periodicidade se possível semanal. Infelizmente devido aos meus compromissos com o mestrado, não pude dar seqüência a essas postagens com a periodicidade desejada, entretanto hoje estou dando continuidade a essa idéia postando a discussão <b>Experimentação em Ciência da Computação é possível?</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">Espero que façam bom proveito da leitura e também comentem como na discussão anterior, lembrando que para os mais interessados em se aprofundar no assunto, vale a pena pelo menos passar o olho pelas referências bibliográficas.</div><br />
<blockquote><div style="text-align: center;"><b>Universidade Federal de Viçosa<br />
Departamento de Informática<br />
Mestrado em Ciência da Computação<br />
INF 600 - Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação<br />
Resumo nº. 02</b><br />
</div><br />
<div style="text-align: justify;">Os artigos estudados referem-se à experimentação no âmbito da Ciência da Computação, porém o paradigma experimental é utilizado é vários campos do conhecimento para gerar modelos a partir de estudos empíricos.<br />
<br />
Estudos empíricos são realizados por observação de um dado campo, coletando e analisando dados para entender melhor um problema específico, gerando hipóteses para solucionar o problema e validando as mesmas a partir de experimentos para então gerar modelos que podem ser reproduzidos e aperfeiçoados futuramente. É seguindo esse ciclo que o conhecimento avança.<br />
<br />
Aplicar experimentação no processo de desenvolvimento de software sem dúvida não é algo trivial. Nesse processo existe uma grande quantidade de variáveis envolvidas. Algumas delas são as técnicas de programação, metodologias e métodos, paradigmas e linguagens de programação utilizadas, características do ambiente de trabalho e principalmente o fator humano (programadores, analistas, testadores... etc.). Considerando tantas variáveis, torna-se muito complicado a geração de um modelo genérico que atenda qualquer processo de software.<br />
<br />
Para realização de pesquisas experimentais em engenharia de software, é de fundamental importância que ela aconteça analisando problemas reais e não realizando meras simulações. Para isso, é essencial que as pesquisas aconteçam em laboratórios de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da própria indústria. Os autores dos artigos estudados dizem que a relação entre a academia e a indústria em pesquisas experimentais de engenharia de software é simbiótica, ou seja, a indústria necessita de melhorias no seu processo de desenvolvimento de software para minimizar erros e maximizar tempo de produção e qualidade do produto, enquanto que pesquisadores necessitam de dados reais que possam ser analisados e um ambiente propício para fazer seus experimentos, validar suas hipóteses e gerar assim os modelos de conhecimento utilizados pela indústria.<br />
<br />
Embora um dependa do outro, não é fácil conseguir espaço para pesquisar na indústria. Inicialmente a tendência é o profissional de desenvolvimento de software achar que a presença do pesquisador no seu ambiente de trabalho será prejudicial, sendo assim, ele tende a não colaborar devidamente com a pesquisa. De fato, por envolver questões culturais e por influência dos experimentos, algumas mudanças na forma de trabalhar podem ocorrer, e devido à curva de aprendizagem, essas mudanças inicialmente tendem a causar prejuízos no processo de desenvolvimento, porém traz benefícios futuros.<br />
<br />
Objetos de pesquisa não são problema para Victor Basili, haja vista que todos seus experimentos citados nos artigos estudados foram realizados no NASA Goddard Software Engineering Laboratory (SEL), que é um laboratório de pesquisa no qual ele comanda.<br />
<br />
No SEL é utilizado o conceito de “Fábrica de Experiência” para gerar modelos a partir de pesquisas em engenharia de software experimental. Para tal, dados são coletados e interpretados com a abordagem Goal Question Metric (GQM) e a partir da aplicação do paradigma da melhoria da qualidade (QIP), modelos empacotados anteriormente são reutilizados e evoluídos para construir novos sistemas.<br />
<br />
Com essa forma de unir pesquisa e desenvolvimento, o SEL conseguiu aumentar bastante o nível de reutilização de código, diminuir consideravelmente os custos de desenvolvimento e aumentar em muito as funcionalidades dos softwares lá desenvolvidos.<br />
<br />
Embora os resultados apresentados no SEL sejam muito animadores, eles são fruto de muitos anos de estudo e experimentação. Além disso, todos esses experimentos foram realizados em projetos do próprio laboratório, portanto não é possível afirmar com base nas informações contidas nos artigos estudados que esses modelos gerados pelo SEL seriam eficientes quando aplicados em outro local que envolva profissionais diferentes, com conhecimentos e culturas diversas, trabalhando em um ambiente completamente diferente.<br />
<br />
Nos artigos estudados de sua autoria, Victor Basili reconhece que para gerar modelos básicos e métricas de negócio e científicas, é necessário que existam laboratórios de níveis diferentes realizando experimentos em engenharia de software.<br />
<br />
Após a leitura dos artigos, ficou claro que pesquisas experimentais em ciência da computação, mais especificamente em engenharia de software, não são muito comuns por envolverem vários fatores limitantes. Geralmente o que vemos são pesquisas voltadas para ambientes específicos, porém também é possível alcançar resultados generalistas, como ficou provado em pelo autor em [5] ao descrever a pesquisa experimental que resultou em um modelo genérico que auxilia na prevenção e correção de erros no desenvolvimento de software de forma eficiente.<br />
<br />
<b>Referências</b><br />
<br />
<b>[1]</b> Basili, V. R. “The Experimental Paradigm in Software Engineering”. In H. D. Rombach, V. Basili, R. Selby, editors, Experimental Software Engineering Issues: Critical Assessment and Future Directions, Lecture Notes in Computer Science #706, Springer-Verlag, August 1993.<br />
<br />
<b>[2]</b> Basili, V. R. and Zelkowitz, M. V. 2007. Empirical studies to build a science of computer science. Commun. ACM 50, 11 (Nov. 2007), 33-37. DOI= http://doi.acm.org/10.1145/1297797.1297819<br />
<br />
<b>[3]</b> Basili, V. R. The Role of Experimentation in Software Engineering: Past, Current, and Future, Proceedings of the 18th International Conference on Software Engineering, Berlin, Germany, March 25-29, pp. 442-449, 1996.<br />
<br />
<b>[4]</b> Dror G. Feitelson. Experimental Computer Science: The Need for a Cultural Change. Disponível em: < http://www.cs.huji.ac.il/∼feit/papers/exp05.pdf > Acesso em 05 set. 2010.<br />
<br />
<b>[5]</b> Weyuker, E. J. 2007. Software engineering research: from cradle to grave. In Proceedings of the the 6th Joint Meeting of the European Software Engineering Conference and the ACM SIGSOFT Symposium on the Foundations of Software Engineering (Dubrovnik, Croatia, September 03 - 07, 2007). ESEC-FSE '07. ACM, New York, NY, 305-311. DOI= http://doi.acm.org/10.1145/1287624.1287667<br />
<br />
<b>[6] </b>Marcos, E. 2005. Software engineering research versus software development. SIGSOFT Softw. Eng. Notes 30, 4 (Jul. 2005), 1-7. DOI= http://doi.acm.org/10.1145/1082983.1083005</div></blockquote>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-89763431080486296262010-11-13T02:23:00.005-02:002010-11-18T17:15:00.840-02:00Palestra: Como ganhar dinheiro na internet utilizando tecnologias Google<div style="text-align: justify;">Havia anunciado no post anterior do blog a VII Semana de Informática da FAFISM, evento no qual proferi uma palestra ontem a noite. Fiquei muito grato pelo convite e sou só elogios pela qualidade do evento, que pelo menos da parte em que participei, posso afirmar que presenciei muita organização e um público realmente interessado em aprender. Estão todos de parabéns!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como prometido no post anterior e durante a palestra, estou disponibilizando aqui no blog o material que utilizei durante a apresentação para caso alguém tenha interesse em se aprofundar no assunto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mesmo para quem não participou da palestra, vale a pena dar uma conferida na apresentação, pois ela é praticamente auto-explicativa. Em caso de dúvidas, entrem em contato e sempre que possível estarei tentando saná-las.</div><br />
<center><div id="__ss_5762965" style="width: 425px;"><strong style="display: block; margin: 12px 0 4px;"><a href="http://www.slideshare.net/lucasvegi/como-ganhar-dinheiro-na-internet-utilizando-aplicativos-google-5762965" title="Como ganhar dinheiro na internet utilizando aplicativos google"><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Como ganhar dinheiro na internet utilizando tecnologias Google</span></a></strong><object height="355" id="__sse5762965" width="425"><param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=comoganhardinheironainternetutilizandoaplicativosgoogle-101112214703-phpapp01&stripped_title=como-ganhar-dinheiro-na-internet-utilizando-aplicativos-google-5762965&userName=lucasvegi" /><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="allowScriptAccess" value="always"/><embed name="__sse5762965" src="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=comoganhardinheironainternetutilizandoaplicativosgoogle-101112214703-phpapp01&stripped_title=como-ganhar-dinheiro-na-internet-utilizando-aplicativos-google-5762965&userName=lucasvegi" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="355"></embed></object><br />
<div style="padding: 5px 0 12px;">View more <a href="http://www.slideshare.net/">presentations</a> from <a href="http://www.slideshare.net/lucasvegi">Lucas Vegi</a>.</div></div></center>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-47460585392823043442010-10-30T01:53:00.010-02:002010-10-30T02:16:11.874-02:00VII SEMANA DE INFORMÁTICA - FAFISM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TMuRzh-0OpI/AAAAAAAAAUc/bkGgimeL_Gs/s1600/ads.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="162" src="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TMuRzh-0OpI/AAAAAAAAAUc/bkGgimeL_Gs/s200/ads.png" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Como de costume, venho divulgar para vocês leitores mais um evento interessante da área de computação. Acontecerá entre os próximos dias 8 à 12 de Novembro a VII Semana de Informática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina - FAFISM em Muriaé-MG.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tive o prazer de ser convidado a palestrar no evento e no dia 12, a partir das 18h30, estarei ministrando a palestra "Como ganhar dinheiro na internet utilizando tecnologias Google". Após o evento irei compartilhar com vocês aqui no blog o material utilizado durante a palestra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para os interessados, segue abaixo a programação do evento:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: -webkit-auto;"><b><u><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">08/11/10 - Segunda-feira</span></u></b></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>18h30 -</b> Abertura da VII Semana Acadêmica de Informática<br />
<b>19h00 -</b> Palestra: A ética no exercício da profissão e nas relações sociais</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><i>Exmo Dr. Vítor José Trócilo Neto</i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Juiz de Direito da Comarca de Muriaé - MG</span></i><br />
<b>20h30 -</b> Minicursos: Linguagens de programação - Delphi, PHP e Clipper<br />
<i>Acadêmicos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas</i><br />
<br />
<b><u><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">09/11/10 - Terça-feira</span></u></b></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>18h30 </b>- Palestra: Simulação de processos de desenvolvimento de software<br />
<i>Clayton Vieira Fraga Filho</i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mestre em Ciência da Computação – UFV</span></i><br />
<i>Professor da UFES</i><br />
<b>20h30 -</b> Palestra: Otimização combinatória, métodos e aplicações<br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Doutor em Computação Aplicada – INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)</span></i></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Professor da UFES</span></i><br />
<br />
<b><u><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">10/11/10 - Quarta-feira</span></u></b><br />
<b>18h30 -</b> Palestra: Uma arquitetura para aferir o conhecimento em um ambiente de aprendizagem e-learnig<br />
<i>Leandro da Silva Foly</i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mestre em pesquisa operacional e inteligência computacional - UCAM</span></i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Professor da Faculdade Redentor</span></i><br />
<b>20h30 -</b> Minicursos: Linguagens de programação - Delphi, PHP e Clipper<br />
<i>Acadêmicos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas</i><br />
<br />
<b><u><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">11/11/10 - Quinta-feira</span></u></b></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>18h30 -</b> Palestra – O poder das redes sociais<br />
<i>Jefferson de Oliveira Balduino</i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mestrando em Ciência da Computação - UFV</span></i><br />
<b>20h30 -</b> Minicursos: Linguagens de programação - Delphi, PHP e Clipper<br />
<i>Acadêmicos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas</i><br />
<br />
<b><u><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">12/11/10 - Sexta-feira</span></u></b><br />
<b>18h30 -</b> Palestra: Como ganhar dinheiro na internet utilizando tecnologias Google<br />
<i>Lucas Francisco da Matta Vegi</i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mestrando em Ciência da Computação - UFV</span></i><br />
<b>20h30 -</b> Apresentação Cultural / Musical<br />
<i>Acadêmicos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas</i><br />
<br />
<b>Local : Auditório da FAFISM</b></div></div><br />
<center><blockquote><b>Para maiores informações:</b><br />
<a href="http://www.fafism.com.br/">www.fafism.com.br</a><br />
Telefone: (32) 3721.1026 – Fax: (32) 3722.4355</blockquote></center>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-9210382686736746592010-10-11T13:52:00.004-03:002010-10-11T14:04:51.379-03:00Discussão: Computação e a Ciência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TLM3_KOR8OI/AAAAAAAAAUU/o0s7NyF5ByU/s1600/matrix_earth.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TLM3_KOR8OI/AAAAAAAAAUU/o0s7NyF5ByU/s200/matrix_earth.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Já faz alguns dias que tive uma idéia de uma sequência de postagens para o blog mas não vinha tendo tempo de colocá-la em prática, porém hoje irei dar início a essa sequência. Inicialmente vou fazer uma breve explicação do que se tratam essas postagens e a origem das mesmas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Dentre as várias disciplinas que venho fazendo durante o mestrado, estou cursando nesse semestre a segunda ministrada pelo professor <a href="http://zeluisbraga.wordpress.com/">zéluisbraga</a> . No semestre passado acompanhei a disciplina de Engenharia de Software e nesse semestre estou cursando Técnicas de pesquisa em Ciência da Computação com ele. Você já deve estar se perguntando: "Tá bom Lucas e o que eu tenho a ver com isso?..". Durante essas disciplinas ministradas pelo professor José Luis, realizamos periodicamente várias leituras interessantes sobre temas importantes e então fazemos resumos críticos a respeito desses temas. Embora seja relativamente trabalhoso realizar tais tarefas, o resultado que elas proporcionam no final são muito valorosos. Essas leituras acabam despertando um grande senso crítico sobre esses assuntos, e após debatermos os mesmos dentro de sala, acabamos de vez saindo dos "achômetros" e das opiniões superficiais sobre esses temas para posturas mais sólidas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, após essa breve explicação da origem desses resumos, a idéia da sequência de postagens é a seguinte: De tempos em tempos, talvez semanalmente (não posso prometer!), irei postar um desses resumos aqui no blog, juntamente com as referências bibliográficas utilizadas nos mesmos. Dessa forma podemos utilizar os comentários para criar discussões interessantes a respeito dos temas abordados. Quem tiver interesse em se aprofundar nos assuntos, vale a pena dar pelo menos uma passada de olho nas referências bibliográficas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No total, essas sequência de postagens será composta por 12 resumos, sendo 6 de temas relacionados a Engenharia de Software e outros 6 referentes a Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação. Vou dar inicio a essa sequência com os resumos de Técnicas de Pesquisa, sendo que o primeiro tema abordado é o mesmo do título dessa postagem: "<b>Computação e a Ciência</b>".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Espero que gostem da idéia e façam bom proveito dessas discussões!</div><div style="text-align: justify;"></div><br />
<blockquote><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b>Universidade Federal de Viçosa</b></div><div style="text-align: center;"><b>Departamento de Informática</b></div><div style="text-align: center;"><b>Mestrado em Ciência da Computação</b></div><div style="text-align: center;"><b>INF 600 - Técnicas de Pesquisa em Ciência da Computação</b></div><div style="text-align: center;"><b>Resumo nº. 01</b> </div></div><br />
<div style="text-align: justify;">Os artigos estudados analisam o que de fato é a Ciência da Computação e buscam dar definições mais concretas sobre os contextos em que ela está inserida, além de tentarem também responder se ela realmente é uma ciência.<br />
<br />
Após a leitura de todos os artigos, ficou claro que a categorização de Ciência da Computação varia muito entre as pessoas. Isso se deve muito a formação que tiveram. Alguns relacionam a computação mais com a ciência, outros a identificam mais com a engenharia, outros acreditam que ela é uma ciência puramente matemática, enquanto outros defendem piamente a visão da computação como uma arte.<br />
<br />
Na verdade a computação acaba sendo a interseção dessas visões. No primeiro artigo, Paul Graham, um dos inventores do Yahoo! , fez uma analogia muito interessante para definir a computação. Segundo ele, a ciência da computação é igual à Iugoslávia, um conjunto de áreas tenuamente relacionadas, jogadas juntos por um acidente da história. De fato faz muito sentido essa analogia, pois embora haja certa relação entre as áreas que compõe a Ciência da Computação, os estudos realizados por cada uma delas possuem focos bem diferentes, causando inclusive divergências entre pesquisadores de linhas de pesquisa diferentes ao analisarem assuntos em comum.<br />
<br />
É muito errada a visão de que a Ciência da Computação só estuda problemas criados pelo homem e que por isso não seria uma ciência. Com o passar dos anos, a computação esta cada vez mais se estendendo a estudos ligados a outras áreas como a biologia e a física e com isso está inaugurando novas linhas de pesquisa como, por exemplo, a bioinformática. Ciência da computação na verdade é o estudo dos processos de informação, natural e artificial. Segundo Denning [4], quanto mais estudos em computação são feitos, menor fica a distância entre a computação e outros campos da ciência.<br />
<br />
O intercâmbio da ciência da computação com outras áreas traz ganhos bilaterais, pois os estudos em computação são voltados para a aplicação de processos de informação para solucionar problemas ou sanar deficiências em outras áreas, através da aplicação dos fundamentos da computação. Para alcançar tais objetivos, pesquisas são realizadas e novos modelos computacionais acabam surgindo ou sendo aprimorados. Ao final, tanto os conhecimentos em computação, quanto os da área na qual ela foi aplicada, tendem a ter uma evolução. Um exemplo ideal para demonstrar como esse intercâmbio traz ganhos bilaterais é o Projeto Genoma [2]. Além dos grandes avanços que se tiveram em bioinformática, áreas como a biologia e a medicina também foram muito beneficiadas, pois sem o auxílio computacional, seria praticamente impossível mapear aproximadamente 80 mil genes que compõe o corpo humano e a partir dessas informações terem a possibilidade de entender melhor como funciona nosso corpo, fazendo assim diagnósticos mais precisos de algumas doenças, por exemplo.<br />
<br />
Segundo estudo realizado por Walter Tichy [1] em artigos de Ciência da Computação publicados antes de 1995, aproximadamente 50% desses trabalhos propôs modelos ou hipóteses sem ao menos testá-los. Isso vai totalmente contra o que propõem o paradigma científico, onde toda hipótese deve ser testada para assim tornar possível a criação de modelos. Talvez essa forma errada que se fazia pesquisa em computação justifique tantas previsões erradas que aconteceram no passado da área.<br />
<br />
A aplicação do paradigma científico na Ciência da Computação está sendo cada vez mais intensa e com isso a computação vem ganhando mais credibilidade. Atualmente sua aceitabilidade como uma ciência é muito superior à de décadas passadas.<br />
<br />
De uma maneira geral, após a leitura de todos os artigos, ficou claro que a Ciência da Computação não só é uma área da ciência, como também é indispensável pra fazer ciência em outras áreas de conhecimento.<br />
<br />
<b>Referências</b><br />
<br />
<b>[1]</b> Tichy, W. Should computer scientists experiment more. IEEE Computer (May 1998), 32–40.<br />
<br />
<b>[2]</b> Projeto Genoma. Disponível em: <http: 2001="" educar.sc.usp.br="" genoma="" licenciatura="" objetivos.html=""> Acesso em 21 ago. 2010.</http:></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>[3]</b> Denning, P. Is computer science science? Commun. ACM 48, 4 (Apr. 2005), 27–31.<br />
<br />
<b>[4]</b> Denning, P. Computing is a natural science. Commun. ACM 50, 7 (July 2007), 15–18.<br />
<br />
<b>[5]</b> Denning, P., and P. Freeman. 2009. Computing’s paradigm. Communications of the ACM 52: 28–30.<br />
<br />
<b>[6]</b> Shagrir, O. 1999. "What is Computer Science About?" The Monist 82(1): 131-149. </div></blockquote><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-31691377520809053892010-09-17T00:14:00.001-03:002010-09-17T00:15:35.178-03:00V Encontro do APL TI de Viçosa e IV Feira de TI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TJLM3GKHPNI/AAAAAAAAATk/gqCv39vShz8/s1600/apl-ti.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TJLM3GKHPNI/AAAAAAAAATk/gqCv39vShz8/s320/apl-ti.gif" /></a></div><div style="text-align: justify;">Como de costume, sempre que fico sabendo de algum evento interessante principalmente na área de tecnologia, corro para o blog compartilhar com vocês. Desta vez o evento interessante que tomei conhecimento foi o encontro da APL TI.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos dois anos anteriores(2008 e 2009) estive participando desse evento aqui em Viçosa e sempre pude presenciar um ambiente muito interessante com excelentes palestras e oportunidades de negócios. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde a segunda edição do encontro acontece em paralelo a Feira de TI, onde trabalhos de diversas instituições e empresas são apresentados e concorrem a prêmios. No primeiro ano que participei do evento fui somente como ouvinte, já no ano passado concorri na Feira de TI apresentando o trabalho "FORNUT - APLICAÇÃO WEB PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS", que foi fruto do meu TCC. Lembro-me bem que pude apresentá-lo para pessoas de diversos lugares, tendo inclusive despertado um interesse muito grande de uma empresa portuguesa que participava do evento. Para minha felicidade fui contemplado vencedor da III Feira de TI e consegui abrir diversas portas com os contatos que acabei fazendo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TJLcx1yqeJI/AAAAAAAAATs/eWZHElGG520/s1600/feira+de+ti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TJLcx1yqeJI/AAAAAAAAATs/eWZHElGG520/s320/feira+de+ti.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Premiação da III Feira de TI (2009)</td></tr>
</tbody></table></div><div style="text-align: justify;">Recomendo bastante a todos que aproveitem a oportunidade de participar desse evento, principalmente quem estiver na reta final da graduação desenvolvendo TCC. Ao apresentá-lo na Feira de TI, além de ter uma noção de quão bom pode estar seu trabalho, os contatos feitos podem acabar lhes rendendo o primeiro bom emprego como bacharel.</div><div style="color: #990000;"><br />
</div><blockquote><div style="color: #990000; text-align: justify;"><b><label>Promoção ViçosaTec e ACV e Realização APLTI Viçosa, Univiçosa e FDV.</label></b></div><div style="text-align: justify;">O APL TI de Viçosa em parceria com a Univiçosa e o VIÇOSATEC realizará o V Encontro do APL TI de Viçosa, nos dias 21 a 23 de outubro de 2010 na Univiçosa.</div><div style="text-align: justify;">Durante o Encontro acontecerá a Semana Tecnológica da Univiçosa e a Feira de TI, onde serão expostos trabalhos de alunos e empresários. Com o objetivo de integrar as empresas do ramo de tecnologia da informação e as instituições de ensino da região, o Encontro premiará os melhores trabalhos e criará oportunidades de negócios para alunos e empresas.</div><div style="text-align: justify;">Não perca a chance de participar deste ambiente de inovação tecnologia e oportunidades de negócios.</div></blockquote><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para maiores informações sobre o evento, acessem: <a href="http://www.tivicosa.com.br/encontro2010/" target="_blank">http://www.tivicosa.com.br/encontro2010/ </a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-85068225069202157232010-09-10T00:32:00.004-03:002010-09-10T01:47:18.035-03:00Planilha para Controle de Gastos Pessoais nas nuvens<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://www.jbinformatica.com/jbinfo/lista/porquinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://www.jbinformatica.com/jbinfo/lista/porquinho.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Você tem costume de controlar seus gastos e rendimentos ao decorrer dos meses para saber com o que você mais gasta e de onde vem suas maiores fontes de renda? Acredito que a grande maioria dos leitores responderia não. Até pouco tempo eu também não tinha costume de fazer isso, porém esse ano me vi obrigado a fazer esse tipo de controle.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pelo fato de estar morando fora de casa por conta do mestrado e ter que pagar minhas contas sozinho, acabei sentindo a necessidade de administrar melhor meu dinheiro para saber onde eu estava gastando mais e consequentemente onde eu poderia economizar mais para então conseguir guardar um pouquinho de dinheiro no final do mês. É impressionante como dinheiro "cria perna" quando não ficamos de olho nele...=)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando resolvi que passaria a controlar se possível cada centavo que eu estava gastando ou ganhando para visualizar melhor esses fluxos, dei uma pesquisada no Google e achei uma excelente planilha que faz exatamente tudo que eu precisava. Ela é de autoria de Antônio Celso e pode ser baixada <a href="http://www.rota83.com/wp-content/uploads/2009/07/planilha-excel-orcamento-domestico.xls">clicando aqui</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o passar dos meses, comecei a sentir falta de mobilidade nessa planilha. Tenho costume de usar muitos computadores diferentes (<i>Notebook</i>, <i>Desktop</i>, PC da universidade... etc) e por muitas vezes tive necessidade de acessar alguma informação nessa planilha e fiquei impossibilitado. Com certeza eu tinha algumas possibilidades para resolver esse problema, como manter uma cópia dela no meu <i>pendrive</i> por exemplo. No entanto não me agradava muito essa idéia porque para o <i>pendrive</i> dar um problema de uma hora pra outra e me deixar na mão pouco custava, além de que a sincronia do arquivo do <i>pendrive</i> com os dos outros computadores poderia ficar comprometida devido a um esquecimento meu (o que com certeza aconteceria dada a minha memória!).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após pensar um pouco a respeito, "achei" a solução dos meus problemas, exportar a planilha para o <i>Google Docs</i> certo?! Mais ou menos... Pelo fato da planilha conter muitos gráficos e fórmulas, a exportação ficou longe de ser perfeita, porém não me dei por vencido e tive uma trabalheira danada para adaptá-la no <i>Docs</i> até ficar igual a versão .xls.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um exemplo dessa planilha adaptada corretamente pode ser visto logo abaixo:</div><br />
<iframe frameborder="0" height="300" src="https://spreadsheets.google.com/pub?key=0AtRtajnMj4LwdFk5RXNKY3hpdE1WWDVsYUxnZk1FSWc&hl=pt_BR&output=html&widget=true" width="500"></iframe><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse exemplo inclui alguns valores fictícos somente para demonstrar o funcionamento dos gráficos gerados automaticamente. Uma versão da planilha totalmente zerada pode ser acessada nesse <a href="https://spreadsheets.google.com/ccc?key=0AtRtajnMj4LwdDlmd2lBTkNRR3FaU1BZQlVYUU4yY3c&hl=pt_BR">link</a>. Como não deixei permissão de alteração nessa planilha para evitar bagunça, é necessário fazer uma cópia da mesma direto no <i>Google Docs</i> para utilizá-la. Para isso siga os passos da imagem abaixo:</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TIm00hvsIKI/AAAAAAAAATc/PsQdKmy4nVs/s1600/copia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TIm00hvsIKI/AAAAAAAAATc/PsQdKmy4nVs/s320/copia.jpg" /></a></div><br />
Em caso de dúvidas e/ou sugestões, fiquem a vontade para comentar.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-51349196354684538052010-09-02T00:47:00.008-03:002010-09-02T01:34:52.881-03:00Discurso de orador da colação de grau de S.I. 2009<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TH8VqV8OniI/AAAAAAAAAS4/AqeSgFIMF2c/s1600/DSC_4577.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="http://1.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/TH8VqV8OniI/AAAAAAAAAS4/AqeSgFIMF2c/s200/DSC_4577.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Hoje estava organizando algumas pastas no meu computador quando me deparei com o discurso que fiz como orador na minha formatura no final do ano passado (12/2009).<br />
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Tirei um tempinho e reli todo ele, e o mais interessante foi que enquanto estava lendo bateu uma certa nostalgia e fui lembrando daquele momento legal como se ele tivesse acontecido ontem. Tudo bem que nem tem tanto tempo assim que ele aconteceu, porém muitas coisas novas aconteceram nesse pequeno intervalo de tempo e por isso acredito que fico com essa sensação diferente de que já passou mais tempo do que a realidade.<br />
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Estou falando, falando e você pode estar se perguntando: "- E o que eu tenho com isso?..". Pois é, na verdade essa postagem está sendo mais um devaneio que estou postando por aqui que pode não despertar muito interresse na maioria dos leitores, porém meu objetivo principal é unicamente estar compartilhando o texto da oração que descreve momentos muito bons que passei durante a graduação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<blockquote><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b style="color: #cc0000;">Discurso</b></span></div>Boa noite membros componentes da mesa e convidados. Hoje estamos todos reunidos nessa noite para celebrar um momento especial e único da vida de cada um de nós formandos, familiares e amigos.<br />
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Quatro anos se passaram e para chegarmos até aqui muitos obstáculos tiveram que ser vencidos, alguns deles comum a todos e outros muito particulares. Quando começamos éramos cerca de 40 pessoas, hoje somos apenas 10...10 vencedores que tiveram muitos méritos por estarem hoje aqui nesse momento solene.<br />
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No início do curso tivemos alguns problemas de interação, lembro-me bem do dia que a professora Fernanda Abrão interrompeu a aula de Português para conversar com a turma em busca de alguma explicação do porque que nós praticamente não conversávamos. Esse problema só veio a ser solucionado com o tempo e acredito que sua causa maior era mesmo a timidez que é peculiar do perfil de grande parte das pessoas da nossa área, mas que aos poucos a turma foi perdendo.<br />
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Os dois primeiros períodos do curso foram importantes para definir quem realmente seriam os alunos que iriam compor turma definitivamente, pois as desistências depois desse tempo foram bem menores.<br />
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No terceiro período já estávamos em uma quantidade bem reduzida de alunos, mas foi a partir daí que começamos a nos tornar um grupo cada vez mais homogêneo, os laços de amizade foram se formando e o curso passou a fazer cada vez mais sentido.<br />
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Um fato marcante da nossa trajetória aconteceu nesse mesmo período, na disciplina que por coincidência leva o nome do nosso curso, Sistemas de Informação. Nessa disciplina o nosso professor Kneipp, hoje coordenador do curso, pediu que nos dividíssemos em três grupos para cada um deles propor uma solução de software a uma empresa fictícia. O mais interessante disso tudo foi ver como a turma que antes tinha problemas de comunicação entre si, “vestiu a camisa” do trabalho e na hora da apresentação acabou criando um grande debate, com cada grupo defendendo seus pontos de vista utilizando de diversos argumentos que hoje sabemos que não eram os mais adequados, mas foi a partir desse ponto que nossa maturidade profissional começou a se formar.<br />
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Como tudo na vida, foram nas adversidades que nossa turma ganhou forças. Após dois anos sem abrir turmas novas no nosso curso, muito se dizia que o curso de Sistemas de Informação da FAMINAS iria acabar e alguns podem inclusive ter questionado nossa qualidade profissional, mas foi a partir desse ponto que nossas qualidades foram demonstradas com maior intensidade. Tivemos trabalhos apresentados e premiações conquistadas em congressos nacionais e internacionais. Além disso, tive uma grande conquista <br />
pessoal, que foi a aprovação no mestrado da Universidade Federal de Viçosa.<br />
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Todas essas conquistas são motivos de muito orgulho para todos nós. Essa é a demonstração real da qualidade do curso de Sistemas de Informação, é uma prova de como fomos importantes e vamos deixar marcado nessa instituição a representatividade que tivemos.<br />
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Durante esses quatro anos muitos professores colaboraram com a nossa formação, cada um do seu jeito, e a eles temos muito a agradecer. Alguns deles, além de professores, tornaram-se realmente amigos que vamos levar por toda a vida.<br />
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Nossas famílias e amigos também foram de fundamental importância para nossa formação. São a eles que recorremos nos momentos difíceis e são com eles que comemoramos nossas vitórias como a de hoje.<br />
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Estamos completando uma etapa importante das nossas vidas, mas ela é apenas o primeiro degrau de uma escada repleta de vários outros até alcançarmos nosso tão sonhado sucesso profissional. É importante mantermos sempre em mente que “Nós somos o que queremos...”. A partir desse pensamento, com certeza todos os outros degraus até o sucesso serão deixados para trás, nem que para isso, como dizia nosso professor Gustavo, nós tenhamos que passar vários outros sábados à noite estudando ou trabalhando. Com determinação alcançaremos todos os nossos objetivos.<br />
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Esses quatro anos que passamos no curso de Sistemas de Informação da FAMINAS particularmente irão me deixar saudades e acredito que esse sentimento é compartilhado por muitos de nós. Nesse intervalo de tempo nossas vidas passaram por mudanças importantes e visíveis a todos. Muitas amizades foram feitas, novos conhecimentos foram assimilados, conquistas pessoais foram alcançadas e aprendemos a conviver com várias novas responsabilidades. Com certeza estamos saindo hoje da Faculdade pessoas muito melhores e mais maduras do que éramos no início.<br />
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Espero sinceramente que todos nós possamos alcançar os objetivos que traçamos e que tenhamos uma vida repleta de novas vitórias. Parabéns a todos nós! (Lucas Vegi, 2009)</blockquote></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5900204466823555505.post-84645900561966386782010-08-22T00:49:00.007-03:002010-08-22T01:03:41.485-03:00TPF - Tensão Pré-Formatura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/THCQ1DhI9LI/AAAAAAAAASQ/ignF7uRRaJU/s1600/graduation_cap+copy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="122" src="http://3.bp.blogspot.com/_DvDZzpiEYQk/THCQ1DhI9LI/AAAAAAAAASQ/ignF7uRRaJU/s200/graduation_cap+copy.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Nos últimos dias estive conversando com vários amigos que vão se formar no final do ano e pude perceber em todos eles algo pelo qual passei no ano passado e acredito que a grande maioria das pessoas que estão em eminência de se formarem acaba passando, a chamada <b>TPF (Tensão Pré-Formatura)</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Após vários anos de muito esforço na faculdade, você começa a se ver de cara para o mundo. Parece como se você estivesse dentro de uma bolha que esta prestes a explodir e te deixar desprotegido. Nessa fase nos colocamos muito pressionados... É preocupação com o TCC (Monografia) que ainda não está pronto, os prazos finais vão se aproximando e a angústia vai batendo... Preocupação com as últimas provas que você já não está mais com paciência de fazer e a principal preocupação, O QUE EU VOU FAZER DEPOIS QUE ME FORMAR?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns acabam optando por continuar os estudos, tendo desejo de cursar uma especialização ou mesmo ir direto para o mestrado. Essa escolha geralmente vem acompanhada de muitas dúvidas: <i>"Será que meu currículo é bom o suficiente para passar na seleção? Serão os alunos de lá melhores do que eu? Será que eu dou conta?"...</i> Outros acabam preferindo seguir para o meio corporativo, mas nem por isso ficam isentos de dúvidas: <i>"Será que estou preparado? Será que vou conseguir um emprego? Será que vou conseguir um bom salário? Será que estou fazendo a escolha certa?"...</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Todas essas dúvidas são muito naturais, dificilmente você passará por essa fase sem ter pelo menos uma delas e acredite, nessa fase nós crescemos muito como pessoas. Para lidar melhor com essas dúvidas, devemos analisar bem todas as possibilidades que temos (que não são poucas!) e principalmente seus desejos. O que você quer ser daqui a alguns anos? Nossos desejos podem nos ajudar bastante a escolher qual direção tomar. Quanto as dúvidas que são relacionadas com seus desejos, só existe uma forma de vencê-las, e essa forma é enfrentando. Enfrente os medos, enfrente as incertezas, enfrente tudo que não deveria estar te atrapalhando, trace metas pessoais e busque alcançá-las a todo custo, seja determinado com seus objetivos e acredite...o resultado de tudo isso poderá lhe surpreender bastante depois de um tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De uma forma ou de outra você irá vencer essa fase e estará se posicionando onde desejou, no mercado de trabalho ou no meio acadêmico. Não tenho muita experiência profissional, porém da pouca experiência acadêmica que posso estar compartilhando, digo que no mestrado as cobranças e a pressão pela qual passamos com certeza são maiores do que todas as que tínhamos na graduação e as vezes achávamos insuportáveis. Não falo isso fazendo "terrorismo" para quem possa se interessar pelo meio, pelo contrário, estou muito satisfeito. Com certeza são cobranças que mesmo sendo maiores do que as que estávamos acostumados, são compatíveis com todos que já passaram por essa complicada fase de incertezas. É muito interessante olhar para traz e ver como a gente evolui tanto em tão pouco tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Portanto, se você está passando por essa fase complicada que geralmente acontece nas proximidades da formatura, não pense que você é diferente dos outros, pois isso é normal e não é motivo de vergonha pra ninguém... faz parte do nosso crescimento. Acredite em você e não tenha medo de vencer!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12637941243617101333noreply@blogger.com8